
Pesquisa realizada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) mostrou uma tendência de aumento na taxa de mortalidade por câncer de mama entre as mulheres negras, enquanto entre as mulheres brancas a tendência foi de redução, considerando-se a população do estado de São Paulo no período de 2000 a 2017.
O estudo “Disparidades Raciais na Mortalidade por Câncer de Mama de 2000 a 2017 em São Paulo, Brasil” foi realizado por pesquisadores do Caism – Hospital da Mulher José Aristodemo Pinotti e publicado na revista BMC Cancer.
Segundo dados apresentados no trabalho, 60.940 mortes por câncer de mama foram registradas no estado no período, das quais 46.365 em mulheres brancas e 10.588 em negras. Os índices de mortalidade por 100 mil mulheres em 2017 foram de 16,5 nas brancas e 9,6 nas negras. Em 2000, esses índices foram de 17,1 e 7,4, respectivamente.
De acordo com os pesquisadores, a redução da mortalidade por câncer de mama é resultado do maior acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento oportuno. Outros fatores que impactam esses resultados são a evolução terapêutica e o desenvolvimento de novos fármacos e terapias específicas.
A conclusão do artigo relata que as divergências observadas entre mulheres brancas e negras podem indicar desigualdade no acesso a cuidados de saúde de alta complexidade nessa área.