As altas temperaturas demandam que as pessoas se adaptem, buscando meios de se refrescarem, o que torna o ar-condicionado uma opção quase indispensável, especialmente nos veículos.
Contudo, esse desejo por conforto térmico gera impactos, principalmente no consumo de combustível.
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O aumento do uso do ar-condicionado, embora proporcione alívio aos ocupantes, acaba por impor uma carga adicional aos motores, resultando em um aumento no consumo de gasolina.
Tal correlação entre temperatura crescente e consumo de combustível levou muitos motoristas de aplicativos de transporte a cobrarem uma taxa extra pelo uso do ar-condicionado nas corridas.
Esse valor veio após os profissionais perceberem um prejuízo de 15 a 20 reais e visava compensar gastos adicionais com combustível, decorrentes da utilização prolongada do ar-condicionado.
Motoristas cariocas são impedidos de cobrar taxa extra
Ligar o ar-condicionado no calor é essencial – Imagem: diana.grytsku/Freepik/Reprodução
A prática não foi bem recebida pelo governo do Rio de Janeiro. Em uma decisão tomada no dia 8 de janeiro, última segunda-feira, as autoridades decidiram proibir essa cobrança adicional.
Segundo a Defesa do Consumidor, isso é considerado abusivo e vai contra os direitos dos passageiros.
As empresas de transporte por aplicativo, como Uber e 99, também se posicionaram contra essa cobrança extra, destacando que ela é irregular e divergente dos termos de uso de seus aplicativos.
No entanto, a proibição do governo se tornou necessária para pôr fim a essa cobrança recorrente por parte dos motoristas.
A partir de agora, os profissionais de aplicativo no Rio de Janeiro não poderão mais cobrar taxas extras por manter o ar-condicionado ligado durante as corridas.
Em uma medida que visa garantir o conforto dos passageiros sem impor custos adicionais, a nova regulamentação determina que a utilização do ar-condicionado seja obrigatória no transporte de pessoas, a menos que elas solicitem o desligamento.
É importante ressaltar que tal decisão é específica para o estado do Rio de Janeiro, e cada região pode adotar abordagens distintas em relação à questão.
A proibição visa equilibrar a necessidade de conforto térmico das pessoas com a busca por práticas justas e transparentes por parte dos motoristas de aplicativos.