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sábado, novembro 23, 2024

Fascinante e assustadora, IA faz regravações de músicas antológicas com vozes de cantores mortos 

Michael Jackson cantando Adele, gosta da ideia? E Freddie Mercury interpretando Yesterday, dos Beatles, parece bom? Ou, melhor ainda, Freddie cantando Beat it, de Jackson? Esse cardápio musical é, a rigor, infinito. Abaixo, seguem outros exemplos, que envolvem Kurt Cobain, Paul McCartney, George Michael. Ou artistas vivos, como Bruno Mars. Tanto faz. A inteligência artificial (IA) é capaz disso e muito mais.

Terrivelmente assustadora e, ao mesmo tempo, fascinante. É nesse ponto que já estamos. Você pode criar uma versão de Romaria em que Elis Regina é substituída por Janis Joplin ou Anitta. E é só o começo. Se, em poucos meses, essa nova ferramenta tecnológica avançou de forma vertiginosa, o que estará fazendo daqui dez, 15 anos?

Vimos como as redes sociais, em menos de uma década, transformaram-se de fantástica forma de interação e agregamento em um calabouço de ódio, mentiras, ofensas e incitação a ataques e mortes. Nenhuma técnica é boa ou ruim por si. O avião não foi criado para bombardear cidades, nem o celular para invadir outros aparelhos e roubar senhas de contas bancárias. 

Sempre vai depender de quem usa. A IA, desse exemplo singelo de karaokê e dublagem, pode resultar em crimes de consequências desastrosas ou irreversíveis. Imagine alguém usando a voz de um inimigo para narrar um crime jamais cometido ou desferir calúnias que possam viralizar e, em questão de horas, destruir vidas.

Seja como for, considerando-se a velocidade em que tudo se desenvolve na ciência e tecnologia (de vacinas a novos aplicativos), nada mais desafiador do que a IA que apareceu. Até a elite científica e donos de big techs já perceberam que estamos em cima de algo potencialmente devastador. Como já foi proposto, seria o caso de uma pausa, um armistício, um cessar-fogo? Tudo indica que sim.

Artista usa inteligência artificial para transformar bilionários em pessoas muito pobres

Fonte: R7 – Resumo

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