A China emitiu uma ameaça depois da vitória do candidato nacionalista Lai Ching-te, como novo presidente de Taiwan. A eleição dele, que defende a independência total da ilha, ocorreu no último sábado, 13.
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O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, negou a possibilidade de independência de Taiwan. Em pronunciamento à imprensa local, que é controlada pelo Partido Comunista Chinês, ele disse que qualquer um que se engajar nesse sentido vai ser “duramente punido”.
Conforme Wang, “se alguém na Ilha de Taiwan pensa em buscar a independência, estará tentando dividir o território da China”. De acordo com o ministro, isso “certamente será duramente punido tanto pela história quanto pela lei”.
Chanceler diz que China continental rejeita conceito de Taiwan
O chanceler disse que a China continental, sob domínio do Partido Comunista Chinês desde 1949, rejeita o conceito de Estado-nação para a ilha. Pequim enxerga a província como “rebelde” desde o fim da Guerra Civil Chinesa (1927-1949).
“Taiwan nunca foi um país”, afirmou Wang. “Não foi no passado e certamente não será no futuro.”
Em documento emitido neste domingo, 14, o Ministério de Relações Exteriores da China enviou um recado aos Estados Unidos. Movimento que ocorre depois que o Departamento de Estado norte-americano parabenizou Lai Ching-te pela eleição em Taiwan.
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“A declaração do Departamento de Estado dos EUA sobre as eleições na região chinesa de Taiwan viola gravemente o princípio de ‘uma só China’”, relatou o ministério chinês.
Ainda segundo a pasta de Relações Exteriores do país comunista, “a questão de Taiwan está no cerne dos interesses fundamentais da China e é a primeira linha vermelha que não deve ser ultrapassada”. Confira a íntegra da nota:
No sábado, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que o país não apoia a independência de Taiwan.
O Conselho de Segurança Nacional norte-americano seguiu a mesma posição. “Somos contrários a alterações unilaterais do statu quo por parte de qualquer um dos lados.”
“Não tomamos posição sobre a resolução final das diferenças, desde que sejam resolvidas pacificamente”, afirmou o conselho.
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Estêvão Júnior é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob a supervisão de Anderson Scardoelli