O projeto Nutriafro, que torna obrigatório mensalmente no cardápio da alimentação das unidades da rede municipal de ensino, gêneros que fazem referência às alimentações dos povos originários, foi sancionado pelo Prefeito de Macaé, Welberth Rezende.
Instituído na Lei nº 5.155/2023, o projeto estabelece no cardápio da alimentação de todas as escolas municipais de Macaé, gêneros exclusivos das alimentações dos povos africanos e indígenas. O objetivo é fomentar políticas afirmativas das relações étnico-raciais no âmbito escolar.
As sugestões de refeições a serem servidas são: moela com batata; galinha com angu, taioba ou almeirão; galinha com quiabo ou aipim; canjiquinha, feijoada, taioba, guandu, farofa de açafrão e colorau, quibebe de abóbora, moqueca de peixe e pirão e purê de inhame. Tudo com um toque de pimenta, ervas silvestres e azeite de dendê. Na lista também estão; canjica, pamonha, papa, pão de milho, angu, mingau de tapioca, paçoca de amendoim e frutas como melancia, vários tipos de bananas, coco, cupuaçu, açaí, guaraná, pitanga e maracujá.
Vale lembrar que o “NutriAfro” foi implementado no ano letivo de 2023 e é uma das ferramentas para a implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam da obrigatoriedade do estudo da História Afro-Brasileira e Indígena. O projeto foi desenvolvido em parceria com as nutricionistas da empresa fornecedora de merenda escolar. O cardápio é distribuído previamente nas escolas, para que o professor possa preparar aulas abordando temas referentes a estas duas culturas.
Além do projeto, a rede municipal de ensino conta com caderno de orientação da educação antirracista, rodas de conversas, encontros de formação destinados aos temas das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008.