
A OMS (Organização Mundial da Saúde) apresentou nesta quinta-feira (28) um novo plano de luta contra a pandemia de Covid-19 nos países menos desenvolvidos e pediu 23,4 bilhões de dólares para financiar a estratégia nos próximos 12 meses.
“O acelerador ACT — uma associação das principais agências de saúde mundiais — precisa de 23,4 bilhões de dólares para ajudar os países com maior risco a proteger e implantar as ferramentas de luta contra a Covid-19 a partir de agora até setembro de 2022”, disse a OMS em um comunicado.
A organização afirmou que a quantia é minúscula comparada às perdas econômicas provocadas pela pandemia e ao custo dos planos de recuperação.
“O acesso não equitativo aos testes da Covid-19, aos tratamentos e às vacinas prolonga a pandemia no mundo inteiro e apresenta o risco de surgimento de novas variantes, mais perigosas, que poderiam escapar dos meios de luta contra a doença”, destaca o texto.
A pandemia, que já provocou quase 5 milhões de mortes desde que surgiu, na China, no fim de 2019, “está longe de acabar”, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Até o momento, apenas 0,4% dos testes e 0,5% das vacinas aplicadas no mundo inteiro foram administrados nos países de baixa renda, apesar do fato de representarem 9% da população”, insiste o comunicado.
Vacinação na África
A organização divulgou ainda um documento em que prevê que apenas cinco países africanos, dos 54 que há no continente, conseguirão alcançar a meta de vacinar 40% de sua população até o fim de 2021.
Isso representa menos de 10% dos países africanos. Até agora, somente Ilhas Seychelles, Maurício e Marrocos cumpriram a meta estabelecida pela Assembleia Mundial da Saúde, o mais alto órgão de definição de políticas de saúde no mundo. Os outros dois países que atingirão o objetivo são Tunísia e Cabo Verde.