Pequenas e médias empresas que operam com alta tensão, como padarias e outros setores, receberam uma boa notícia no início de 2024. Agora, esses consumidores têm a opção de migrar para o Mercado Livre de Energia, um ambiente de venda que oferece a liberdade de escolher fornecedores e discutir preços, quantidades necessárias, períodos de recebimento e formas de pagamento de energia.
Até o final do ano passado, essas empresas estavam vinculadas ao mercado regulado, conhecido como mercado cativo, e podiam adquirir energia apenas da distribuidora local. Antes da abertura, somente consumidores com demanda mínima de 500 kilowatts podiam participar do mercado livre.
A partir de 2024, todos os consumidores conectados em alta tensão podem optar por serem livres, independentemente da demanda contratada, de acordo com Daniela Alcaro, administradora e sócia da Stima Energia, uma empresa comercializadora de energia.
Mercado livre de energia
Atualmente, existem 200 mil unidades conectadas em alta tensão, das quais 37 mil já são livres, enquanto o restante estava no mercado regulado. Dentre essas, 13 mil já indicaram sua intenção de migrar para o mercado livre. Essa mudança representa uma significativa demanda para esse setor.
O mercado brasileiro de energia é dividido entre o Ambiente de Contratação Regulada (ACR), para consumidores cativos, e o Ambiente de Contratação Livre (ACL), que permite escolhas e negociações diretas entre consumidores e geradores ou comercializadores. A migração para o mercado livre oferece a vantagem de redução de custos e previsibilidade, pois os consumidores podem adquirir contratos de geração de energia mais acessíveis do que os oferecidos no mercado cativo.
A migração para o mercado livre de energia é vista como uma evolução positiva para as pequenas e médias empresas, proporcionando mais opções e eficiência na gestão de custos de energia. O processo de migração para o mercado livre está sendo facilitado, e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) está tomando as ações necessárias para garantir uma transição eficiente.
(Com Agência Brasil).