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domingo, outubro 13, 2024

Irã impõe nova pena de prisão a vencedora do Nobel da Paz

A ativista iraniana Narges Mohammadi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2023, foi condenada a mais 15 meses de prisão pelo Tribunal Revolucionário do Irã. A informação foi confirmada na segunda-feira 14 pela família de Narges em uma postagem na rede social Threads.

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Narges, que está presa em Teerã, foi acusada de espalhar propaganda contra o regime do aiatolá Ali Khamenei. Por acusações semelhantes, a ativista dos direitos das mulheres no Irã passou a maior parte dos últimos 20 anos na prisão.

Segundo a família, o julgamento, realizado em dezembro de 2023, não teve a presença da ativista. Além dos 15 meses de prisão, ela também foi condenada a dois anos de exílio fora de Teerã, capital do Irã, e das províncias vizinhas e proibida, pelo mesmo período, de aderir a grupos políticos, usar redes sociais e telefone celular.  

+ Vencedora do Nobel da Paz faz greve de fome na prisão no Irã

Desde 1998, Narges foi presa 13 vezes. Atualmente, ela cumpre uma pena de 30 meses por “espalhar propaganda” contra a República Islâmica, desobediência na prisão e difamação de autoridades.

Com a mais recente condenação, chega a cinco o número de sentenças desfavoráveis a Narges, hoje com 51 anos. As decisões condenatórias somam uma pena de 12 anos e três meses de prisão, 154 chicotadas, dois anos de exílio e várias proibições sociais e políticas, segundo a família.

Ativista venceu o Nobel da Paz por ‘luta contra opressão das mulheres no Irã’

Narges Mohammadi
Um mês depois de vencer o Prêmio Nobel da Paz, Narges Mohammadi começou uma greve de fome na prisão, mas foi convencida a desistir | Foto: Reprodução/ Wikipedia

Narges recebeu em outubro de 2023 o Prêmio Nobel da Paz por “sua luta contra a opressão das mulheres no Irã” e por “promover os direitos humanos e a liberdade para todos”, conforme a Real Academia Sueca de Ciências.

Em setembro de 2022, o Irã foi tomado por centenas de protestos em razão da morte da jovem Mahsa Amini na prisão. Ela tinha sido detida por não usar o hijab, véu islâmico, e morreu três dias depois de ser presa.

A família acusou o governo de assassinato, versão negada pelo regime de aiatolá Ali Khamenei. Nos protestos, milhares de pessoas foram presas; alguns já foram condenados à morte e executados.

Fonte: R7 – Internacional

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