Um respeitado economista espanhol colocou uma nuvem negra sobre as previsões financeiras otimistas dos organizadores do GP de Madri.
Acredita-se que, após se comprometer com a Fórmula 1 de 2026 a 2035, o GP de Madri pagará uma taxa anual de cerca de 60 milhões de euros.
Isso é mais que o dobro dos 26 milhões de euros pagos pela atual sede do GP da Espanha, Barcelona.
Os responsáveis pela corrida insistem que o evento de Madri irá gerar o impacto econômico necessário para justificar a taxa muito mais alta, mas o economista Santiago Niño Becerra não tem tanta certeza.
“Até onde eu sei, a grande pergunta que ninguém fez e para a qual não tenho resposta é por que em Barcelona a F1 gera 250 milhões de euros e em Madri seriam 450”, declarou ele ao jornal esportivo Marca.
Niño Becerra disse que a diferença entre os números reais de Barcelona e as projeções otimistas de Madri é “brutal”.
“A corrida realmente vai gerar o dobro do PIB em Madri do que na Catalunha?” questionou ele.
Suas declarações ocorrem em um momento crítico para Barcelona, enquanto o Circuito da Catalunha atualiza suas instalações e tenta negociar um novo contrato com a F1.
“A Liberty Media tem de decidir se é um negócio criar outra corrida tão bem sucedida (como Madri), e em caso afirmativo, negociar o preço”, disse o economista.
Outra possibilidade, segundo Niño Becerra, é que o GP de Madri acabe fracassando como outra tentativa semelhante nas ruas de Valência há alguns anos.
“Viu-se logo no primeiro ano que não funcionou e depois o segundo foi um desastre. Agora teremos que ver o que acontece no primeiro ano em Madri”, finalizou ele.