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quarta-feira, dezembro 25, 2024

Futuros da soja se recuperam de mínima de junho com chuvas favoráveis no Brasil

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros de soja na bolsa de Chicago encerraram mais firmes nesta quarta-feira, à medida que o mercado se recuperou após chuvas favoráveis nas áreas de cultivo de soja no Brasil terem levado os preços aos níveis mais baixos desde junho.

Os futuros de milho também fecharam ligeiramente em alta após o contrato atingir uma mínima, enquanto o trigo ampliou as perdas para o patamar mais baixo em um mês.

Correções de posições vendidas ajudaram a impulsionar os preços da soja e do milho na CBOT, depois de terem caído, disseram corretores.

Mas as chuvas devem continuar beneficiando as safras no norte do Brasil nesta semana, segundo meteorologistas, após um período de clima quente e seco ter levado analistas a reduzir as estimativas de produção. O Brasil é o maior exportador mundial de soja e concorre com os EUA no mercado global.

“O clima mais favorável na América do Sul e a falta de novos anúncios de vendas para exportação tornam difícil ser comprador a curto prazo”, disse Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage em Iowa.

Os futuros da soja para março fecharam em alta de 3,50 centavos na CBOT, a 12,77 dólares por bushel, após o contrato ter atingido mais cedo seu menor preço desde 28 de junho, a 12,6575 dólares.

O aumento nas ofertas de outros produtores sul-americanos provavelmente compensará as perdas nas safras do Brasil, afirmou Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX.

“Os compradores ainda não viram a necessidade de aumentar as importações de soja dos EUA para compensar a safra ‘curta’ do Brasil”, disse.

“Parte disso deve-se às expectativas de que a safra argentina quase dobre este ano, chegando perto de 50 milhões de toneladas, enquanto também se espera um aumento na produção no Paraguai e no Uruguai.”

O trigo para março na CBOT caiu 6,5 centavos, a 6,0025 dólares por bushel, tocando uma mínima desde 1º de dezembro.

O milho para março encerrou com alta de 1,5 centavos, a 4,6525 dólares por bushel, após o contrato atingir uma mínima de 4,6175 dólares.

*(Reportagem de Tom Polansek em Chicago; Reportagem adicional de Peter Hobson em Canberra e Sybille de La Hamaide em Paris)

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