A energia solar alcançou 16,3% da matriz elétrica no início de 2024. Mas as distribuidoras dizem que a energia solar está encarecendo a conta de luz para os consumidores que não a utilizam.
As distribuidoras afirmam que o custo da expansão dessa energia renovável saiu do bolso consumidor que não tem dinheiro para instalar placas fotovoltaicas nos telhados, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que, desde 2012, a energia solar já atraiu mais de R$ 179,5 bilhões em investimentos. Também gerou R$ 50,3 bilhões em impostos para os cofres públicos.
Usuário de energia solar paga R$ 70 por megawatt-hora, enquanto o consumidor comum paga R$ 480
Mas a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostra que os incentivos que a energia solar recebe somam R$ 81 bilhões só em geração distribuída. Esses incentivos devem ser reduzidos até 2028.
A conta de energia elétrica aumenta para os consumidores que não utilizam energia solar porque os custos de se manter no sistema elétrico nacional são os mesmos, mas com menos pagantes.
Neste ano, as residências com painéis solares pagarão às distribuidoras R$ 70 por megawatt-hora (MWH). O valor serve para custear a conexão das casas (ou empresas) ao sistema para que a energia gerada seja inserida, diminuindo a conta do mês caso haja mais geração que consumo.
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Porém, os demais consumidores devem desembolsar R$ 480 por MWH. Os cálculos foram feitos pelas principais distribuidoras. Conforme as projeções, em 2028, a proporção será de R$ 235 MWH para usuários da fonte solar, e de R$ 490 para os demais.
A Absolar contestou os cálculos. De acordo com ela, as distribuidoras consideram somente custos e não os benefícios da geração distribuída. Uma consultoria contratada pela Absolar afirma que haverá um saldo entre custo e benefício que vai resultar em uma redução de R$ 85 bilhões na conta de energia dos brasileiros até 2031.