
São Paulo, Brasil
Era uma partida importante.
Que poderia levar o Corinthians, depois de 72 rodadas e quase dois anos, para o G4 do Campeonato Brasileiro.
Mas o time de Sylvinho bateu de frente com o Red Bull Bragantino, time com ótimo potencial técnico, ótimo preparo físico e bem montado por Mauricio Barbieri. Que não decidirá o título da Copa Sul-Americana por acaso.
E acabou cansando, depois de um primeiro tempo muito intenso.
Tomou dois gols, mas acabou se superando e empatou em 2 a 2.
O Corinthians chegou à nona partida sem derrotas no Brasileiro.
Em uma partida muito técnica, um chute caprichoso de Luan Cândido, que passou no meio das pernas de Gabriel Pereira, traiu Cássio, aos dez minutos do segundo tempo.
Outro chute de efeito inesperado deu certo, aos 39 minutos, de Eric Ramirez. Hurtado se aproveitou, cara a cara com Cássio, bateu, o goleiro conseguiu travar, mas a bola sobrou e o atacante cabeceou para a rede.
Aos 44 minutos, Renato Augusto ainda marcou um golaço, tabelando com Fabio Santos, e bateu da esquerda, cruzado.
O time não desistiu, lutou, pressionou e conseguiu o vibrante, e justo, empate, aos 50 minutos, com Mosquito.
2 a 2. O Red Bull Bragantino ficou em quinto lugar. E o Corinthians, em sexto. Não foi desta vez que voltou ao G4.
Sem dúvida, acabou se transformando em uma das melhores partidas do Brasileiro.
“Foi um grande jogo. Um espetáculo. Bragantino é uma equipe muito forte. O resultado não foi o que queríamos, mas depois de tomar 2 a 0, conseguir o empate, com quem entrou mudando, mostra o poder do grupo. Temos grupo para brigar lá na frente. Estamos de parabéns para buscar o resultado”, comemorava Renato Augusto.
“É difícil. Estávamos ganhando e com o jogo controlado, mas pequenos detalhes no fim custaram a vitória para a gente”, lamentou o venezuelano Hurtado, deixando clara a decepção com o empate.
Mas a partida, desde os primeiros minutos, se mostrou igual.
Os dois times mostraram intensidade, compactação, vibração. Com o Corinthians, montado no 4-5-1 conseguia dominar a intermediária. Enquanto o Bragantino, em um flutuante 4-3-3 tratava de aproveitar as roubadas de bola e buscava os contragolpes com objetividade.
Os dois times criavam e desperdiçavam chances. O Corinthians, com personalidade, e ótima atuação de Renato Augusto e Roger Guede, foi melhor na primeira etapa.
Mas o time cansou no segundo tempo.
O que facilitou a ação do Bragantino, que subiu sua marcação, a mando de Barbieri. Complicando a partida para o Corinthians.
O versátil Luan Cândido e o aguerrido Hurtado fizeram 2 a 0 para o time da multinacional fabricante de energético. Tudo parecia perdido para o Corinthians.
E, em vez, de estratégia, mostrou muita raça, superação, coração.
Conseguiu descontar, com Renato Augusto, aos 44 minutos.
E partiu, com alma para a pressão final para escapar da derrota.
Conseguiu, com o oportunismo e técnica de Mosquito, aos 50 minutos.
O Corinthians não merecia menos em Bragança.
E segue cada vez mais forte na sua briga por uma vaga na Libertadores…