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sexta-feira, julho 4, 2025

Comércio no DF resiste, se reinventa e impulsiona a economia com força e coragem

Advogado Renato Rocha analisa os dados da Fecomércio-DF e defende políticas públicas mais eficientes para quem gera emprego e mantém a economia em movimento

Setor sofre perdas severas, mas reage com criatividade

Em meio às incertezas geradas pela pandemia de covid-19, os comerciantes do Distrito Federal mostraram capacidade de adaptação, criatividade e, sobretudo, resiliência. Dados da Fecomércio-DF mostram que, apenas em 2020, o DF perdeu 97856 empresas. Mesmo assim, o setor reagiu. Nos anos seguintes, milhares de novos CNPJs foram abertos, especialmente no comércio varejista e em serviços essenciais, revelando a força de quem não baixou a cabeça diante da crise.

Para o advogado Renato Rocha, a resiliência do comércio brasiliense é uma prova de que o setor merece atenção prioritária nas políticas públicas.

“O comerciante não teve tempo para luto econômico. Ele precisou se reinventar de imediato. Aprendeu a vender online, renegociou contratos, reduziu equipes, buscou crédito, enfrentou o digital e resistiu. Isso não pode ser tratado como heroísmo ocasional, mas como um indicativo de que o Estado precisa proteger melhor quem sustenta o emprego e a renda” afirma Renato.

Dependência do setor terciário exige planejamento e apoio

Segundo ele, os dados da Fecomércio-DF escancaram a dependência econômica que o DF tem do setor terciário. “Somos uma capital administrativa. Não temos indústria forte, nem grandes polos logísticos. É o comércio que sustenta a economia local. Por isso, precisamos dar condições reais para que ele continue vivo.”

A análise também chama atenção para o perfil de negócios mais afetados, como salões de beleza, academias, clínicas de estética, lojas físicas e microempresas familiares. Mulheres empreendedoras, mães autônomas e pequenos prestadores de serviços foram os que mais sentiram os impactos econômicos.

“Quando um salão fecha, não é só o dono que perde. É a manicure que trabalhava por diária, é o fornecedor que deixa de vender produto, é o bairro que perde vida. Precisamos pensar o desenvolvimento com um olhar mais real, de dentro pra fora” diz o advogado.

Realidade do comerciante é de esforço e solidão

Renato Rocha destaca que, ao percorrer feiras, lojas, padarias, mercados e pequenos comércios do DF, encontrou um sentimento comum entre os empreendedores, o de cansaço e solidão. “Eles sentem que trabalham muito e são pouco reconhecidos. Quando precisam de crédito, enfrentam a burocracia. Quando precisam de apoio, são invisíveis. O Estado precisa estar mais próximo de quem gera valor.”

Propostas práticas para fortalecer quem movimenta a economia

Entre as propostas defendidas por ele está a criação de um programa distrital de fomento ao microcomércio com menos burocracia, acesso a crédito com juros subsidiados e capacitação prática em gestão, marketing digital e finanças básicas.

Renato Rocha, advogado

“O empreendedor não precisa de discursos. Precisa de acesso, agilidade e dignidade. É com esse olhar que quero construir um mandato. Um mandato que entenda a realidade de quem vive do próprio trabalho, não de cargos comissionados” conclui.

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