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domingo, novembro 24, 2024

Ciclone Subtropical deixa alertas de chuvas intensas e tempestades no Sudeste e em parte do Nordeste nos próximos dias

O ano de 2024 já está se iniciando de maneira explosiva, com a formação de um ciclone subtropical no litoral da região Sudeste. O primeiro ciclone do ano se forma no final da semana e pode causar tempestades severas no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, além de afetar também boa parte de São Paulo e o sul da Bahia.

Previsão da trajetória do ciclone, desde o início da sexta-feira (05) até a terça-feira (09).
Previsão da trajetória do ciclone, desde sua configuração no início da sexta-feira (05), representada pelo ponto A, até a terça-feira (09) da semana que vem, quando já estará afastado do país.

O ciclone vai começar a se configurar durante a madrugada de quinta-feira (04) na altura do litoral de São Paulo, onde a pressão vai se aprofundar e os ventos vão assumir um padrão de rotação horário típico dos ciclones no hemisfério Sul. No início da sexta-feira (05), o ciclone já estará completamente configurado sobre o Oceano Atlântico.

Especialmente entre a quinta (04) e a sexta-feira (05), o ciclone poderá causar tempo severo em diversos Estados. Rajadas fortes de vento serão registradas em São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais, especialmente na região costeira, chegando aos 60 km/h e pontualmente podendo atingir velocidades ainda maiores.

rajada de vento ciclone
Rajadas de vento podem chegara aos 60 Km/h em parte do leste do Sudeste na sexta-feira, 05 de janeiro.

O fenômeno também traz tempestades intensas para todo o Sudeste. Algumas regiões que podem ser especialmente afetadas pelas chuvas são o Vale do ParaíbaSul e Zona da Mata Mineira, o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. Como um todo, o tempo severo pode causar cortes na energia elétrica, queda de árvores e de objetos altos, alagamentos, deslizamentos de terra e descargas elétricas.

Previsão de acumulados totais de chuva até o sábado (06).
Previsão de acumulados totais de chuva até o sábado (06) mostra que, em partes de Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia, pode chover mais de 200 mm.

Os acumulados totais de chuva até sábado (06) podem chegar a 200 mm, especialmente na região que compreende os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia. Essa região pode ser particularmente afetada por alagamentos e deslizamentos de terra decorrentes da chuva volumosa.

O maior número de ocorrências durante tempestades se dá graças às rajadas fortes de vento e descargas elétricas. Caso seu município seja atingido por tempestades, evite se abrigar debaixo de árvores e coberturas pequenas, como quiosques. Também evite áreas próximas a postes de energia, torres de transmissão e objetos altos como placas e letreiros.

O fenômeno ajuda a organizar a circulação dos ventos e da umidade em uma maneira característica da Zona de Convergência do Atlântico Sul – Um corredor de nuvens que corta o Brasil, desde o sul da Região Amazônica até o Oceano Atlântico. Esse padrão é conhecido por potencializar as chuvas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste durante a primavera tardia e o verão.

O que faz um ciclone subtropical ser diferente dos demais?

Ciclones subtropicais possuem características tanto dos ciclones tropicais quanto dos extratropicais. Primeiramente, um dos fatores que os caracteriza é a região onde se formam. Ciclones subtropicais geralmente se formam entre os litorais do Sudeste e da Bahia, entre as latitudes de 20° e 40°.

Previsão indica a evolução estrutural do futuro ciclone subtropical.
Previsão da evolução estrutural do ciclone, que se inicia com um núcleo levemente assimétrico (frontal), passa a ser simétrico (não frontal), típico subtropical, depois esfria gradativamente.

Assim como os ciclones tropicais, os subtropicais geralmente não estão associados a uma frente fria. No entanto, costumam ser menos intensos que os tropicais – que raramente se formam no litoral do Brasil. Seu núcleo pode ser tanto quente quanto frio, mas num geral, ele se apresenta mais quente em superfície e mais frio em altitudes maiores.

De acordo com as regras da Marinha do Brasilo ciclone subtropical pode receber um nome ao longo dos próximos dias – Assim como Yakecan, que foi o último ciclone subtropical nomeado e se formou a quase dois anos atrás, em Maio de 2022. Contudo, vale ressaltar que o nome não tem necessariamente relação com a intensidade do fenômeno.

 

*Fonte: O tempo

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