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Cerveja no rosto, xingado, angustiado. Gabigol. Empolgado, nos braços da torcida. Hulk. Duelo fundamental no Maracanã

Gabigol e Hulk. Momentos diferentes. Artilheiros duelam pelo título brasileiro

Gabigol e Hulk. Momentos diferentes. Artilheiros duelam pelo título brasileiro Lucas Figueiredo/CBF

São Paulo, Brasil

O gesto mais imitado pelas crianças na temporada 2021 é simples.

Dois braços para a frente e estufar os músculos do peito.

Foi consagrado pelo paraibano Givanildo Vieira de Souza, de 36 anos.

Hulk desbancou o paulista Gabriel Barbosa de Almeida de 25 anos, com a pose que criou em 2019: dobrar os dois braços, mostrando os bíceps.

Não é porque o atleticano é muito mais forte fisicamente do que o flamenguista.

Porque os dois artilheiros vivem momentos completamente diferentes.

Gabigol vive seu maior jejum com a camisa do Flamengo. São oito partida que ele não consegue marcar. Está visivelmente incomodado, tenso, afobado, jogando mal. Parte dessa falta de confiança que demonstra em campo tem como origem a Seleção Brasileira, onde ele é escalado fora de posição por Tite e não rende. O jogador teme perder o grande objetivo que o fez voltar ao futebol brasileiro: disputar a Copa do Mundo do Catar.

Renato Gaúcho tentou acalmá-lo. O fez treinar muita finalização para resgatar a autoestima perdida nestas últimas semanas. O treinador sabe o quanto o time depende dele. Até pela artroscopia no joelho direito, feita por Pedro. O Flamengo precisa de seus gols hoje, na partida de ‘tudo ou nada’ contra o Atlético, no Maracanã.

Foi necessária muito conversa para tentar acalmar o atacante, que ficou muito irritado após a eliminação da Copa do Brasil, diante do Athletico Paranaense. 

Primeiro, por ser atingido por um copo de cerveja, atirado por um torcedor do próprio Flamengo, que estava no setor Maracanã Mais. Depois, por assistir vídeo no qual sua mãe discutia com outro flamenguista, xingava e era xingada.

Vive o seu pior momento desde que chegou à Gávea em 2019.

Gabigol, angustiado. Oito jogos sem marcar. Cerveja no rosto, xingado. Questionado pela torcida

Gabigol, angustiado. Oito jogos sem marcar. Cerveja no rosto, xingado. Questionado pela torcida Gilvan de Souza/Flamengo

Seu grande início de ano o transformou no atual maior artilheiro de 2021, fez 35 gol. Foi quem mais marcou na Libertadores, dez gols. No Brasileiro, no entanto, tem apenas seis gols no Brasileiro.

Hoje, com todos os holofotes do futebol do país voltados para a partida no Maracanã, o palco seria ideal para uma reviravolta do atacante.

Midiático, Gabigol sabe de sua importância. E também da crise que o Flamengo atravessa. Nova derrota, além de sacramentar o clube fora da disputa do título brasileiro, pode até provocar uma reformulação na Comissão Técnica, com a saída de Renato Gaúcho, a exatos 30 dias da decisão da Libertadores da América.

Seria o terceiro técnico em seguida que o Atlético Mineiro derrubaria. Já foi assim com Domenèc Torrent e Rogério Ceni.

Do outro lado, Hulk é só confiança. 

O jogador voltou à Seleção Brasileira depois de cinco anos. Sabe, que com 36 anos, suas chances são mínimas de estar no Catar, por conta das preferências de Tite. Mas a convocação para as partidas pelas Eliminatórias contra Chile, Argentina e Peru foi o reconhecimento de seu grande momento.

Ele é vice artilheiro do Brasileiro, com 11 gols, um a menos que Gilberto do Bahia. É artilheiro da Copa do Brasil, com seis gols. Só um jogador conseguiu as duas artilharias no mesmo ano, justamente Gabigol, em 2018, com o Santos.

Hulk tem um prazer todo especial pelo momento que vive.

Ele não conseguiu atuar no clube que desejava, o Palmeiras. O presidente Mauricio Galiotte considerou muito alta a sua pedida: R$ 1,3 milhão. E o clube perdeu o atacante ao Atlético Mineiro.

O paraibano já se firmou como um dos garotos-propaganda do novo estádio que o Atlético está construindo. Estrela também campanha pelos sócios-torcedores. 

Hulk, entusiasmado. Mostrar os músculos. Gesto imitado pelas crianças de todo o país

Hulk, entusiasmado. Mostrar os músculos. Gesto imitado pelas crianças de todo o país Pedro Souza/Atlético

Cuca fez um trato com o atacante. Durante as partidas, ele se reveza onde mais rende, aberto pelos lados, principalmente pela direita, e atuando como pivô, como treinador precisa. E o rendimento é excelente.

São 26 gols em 56 partidas.

Gabigol e Hulk são fundamentais para Flamengo e Atlético.

Na ‘decisão’ do Brasileiro, a confiança e a cobrança das duas torcidas serão enormes em relação aos dois. Eles sabem muito bem da sua importância aos times.

Mas o atacante do Atlético está muito mais confiante, empolgado com o confronto.

O jogador do Flamengo está ressentido, tenso, magoado.

Ambos têm potencial diferenciado no futebol deste país.

E podem resolver a decisão de hoje.

Mas, é inegável, o momento é de Hulk…

Fonte: R7 – Esportes

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