A Câmara dos Deputados inaugura nesta segunda-feira (8) uma exposição em memória aos ataques extremistas de 8 de Janeiro de 2023. O acervo conta com fotos inéditas tiradas por servidores da Casa, além de objetos que foram danificados pelos vândalos. Uma mensagem do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), integra a mostra. Nela, Lira relembra o episódio e afirma: “O 8 de janeiro foi um desvio da rota que o Brasil escolheu para enfrentar seus desafios. O desvio foi rechaçado, e temos de trabalhar para que nunca mais se repita.”
A exposição conta com 30 fotos feitas por fotógrafos setoristas e servidores do parlamento e mostram os rastros de destruição deixados dentro do prédio do Congresso Nacional. Objetos que foram restaurados também ficarão expostos. Alguns dos destaques são dois azulejos do painel “Ventania”, de Athos Bulcão, e oito presentes protocolares, como vasos e esculturas, que estavam expostos em vitrines do Salão Verde durante a invasão.
“Estes objetos estão sendo restaurados pela Coordenação de Preservação de Conteúdos Informacionais (Cobec) e irão intencionalmente manter as marcas históricas (quebras, perdas e manchas) dos danos sofridos”, diz o catálogo da exposição.
Em mensagem que integra o acervo, Lira destaca que a pretensão da ação é “motivar a reflexão sobre a importância do Parlamento como espaço para o diálogo entre os divergentes e a formação de consensos, em ambiente transparente e onde sempre prevaleça a força da política sobre a política da força”.
A mostra ficará disponível até 29 de março, no Salão Verde da Câmara, com abertura para visitantes.
Ato em memória ao 8 de Janeiro
Além da exposição, o Congresso recebe nesta segunda-feira (8) um ato para lembrar os ataques antidemocráticos no 8 de Janeiro. A cerimônia deve reunir aproximadamente 500 convidados no Salão Negro do Senado.
Até o momento, o plano de segurança para o dia prevê o fechamento do acesso à Praça dos Três Poderes a pessoas e veículos sem autorização. Para isso, haverá a atuação de tropas especializadas e, segundo da Secretaria de Segurança Pública do DF, se necessário, linhas de revista. A região também será monitorada por meio de imagens de câmeras, drones e informações enviadas ao Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob).
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Na quinta-feira (4), o ministro da Justiça e Segurança Pública em exercício, Ricardo Cappelli, e a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, assinaram o plano de segurança para o ato.
O documento define o planejamento e as prioridades de atuação de cada órgão, como efetivo policial e organização do trânsito, com foco no evento que vai ocorrer no Salão Negro do Senado. Além da assinatura do plano de segurança, o Ministério da Justiça entregou ao governo do DF 20 viaturas, drones, armamentos, cartuchos e fardas para a segurança pública da capital, um investimento de R$ 3,6 milhões.
“É um ato pela democracia brasileira. Eu não me lembro de outro ato com convites assinados pelos chefes dos Três Poderes. Este 8 de Janeiro será um ato pela Constituição, pela democracia revigorada”, afirmou Cappelli.