Após determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, vai visitar na próxima segunda-feira (4) o Acre, estado que decretou situação de emergência depois de ao menos 17 cidades serem tomadas por inundações. Mais de 11 mil pessoas foram afetadas na capital e mais de 5 mil estão desabrigadas em toda a região.
“Na próxima segunda-feira irei ao Acre, numa força-tarefa do governo federal para assistência à população atingida pelas enchentes”, disse Góes. O ministro da Integração contou que membros de outras pastas, como Meio Ambiente, Defesa, Saúde e Desenvolvimento e Assistência Social, também vão participar da agenda.
Góes afirmou que a Defesa Civil já atua no estado, “ajudando a preparar os planos de trabalho para as ações de assistência, de restabelecimento e de reconstrução necessárias ao povo acreano”. “Desde o início das enchentes trabalhamos junto com os governos do Estado, as prefeituras e a bancada parlamentar do Acre”, finalizou o titular.
O Acre decretou situação de emergência após pelo menos 17 cidades serem tomadas por inundações. O objetivo é facilitar o acesso a recursos federais e a medida tem validade de 180 dias. A capital, Rio Branco, registrou enchentes em ao menos 30 bairros, mais de 11 mil pessoas foram atingidas e mais de cinco mil estão desabrigadas em todo o estado.
As enchentes foram causadas por transbordamentos de rios e igarapés. A situação é mais crítica em Rio Branco, Assis Brasil, Brasileia, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Jordão, Santa Rosa do Purus, Tarauacá e Xapuri. Em Jordão, por exemplo, com aproximadamente 9 mil habitantes, 80% da população foi atingida pelas águas do Rio Tarauacá.
No dia 28 de fevereiro, dados da Defesa Civil Estadual registraram a maior marca do Rio Acre na cidade de Brasileia. De acordo com o governo, chegou a 15,56 metros e ultrapassou a cheia histórica de 2015, quando alcançou 15,55 metros. Uma das áreas mais críticas era o bairro Leonardo Barbosa, que corria o risco de romper e ficar ilhado no lado boliviano. No local vivem aproximadamente 400 famílias, um total de 1,6 mil pessoas, e 186 indígenas. O ministro deve visitar a área.