Com o crescimento contínuo do Distrito Federal, torna-se essencial um planejamento eficiente e atualizado para atender às novas demandas. Nesse contexto, destaca-se o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal (PDOT), instrumento fundamental para o desenvolvimento e a organização das áreas urbanas e rurais da capital.
Elaborado com a participação da comunidade, o PDOT aborda temas como urbanismo, meio ambiente, economia, mobilidade, habitação e regularização fundiária em todas as 35 regiões administrativas do DF.
O plano contempla ações como a definição de novas áreas habitacionais, estratégias para enfrentar as mudanças climáticas, proteção ambiental — com foco na preservação dos recursos hídricos — e o uso mais eficiente da infraestrutura urbana.
O impacto do PDOT é direto na vida dos brasilienses, ao fortalecer e desenvolver centros urbanos fora do Plano Piloto, respondendo às demandas da população local.
Também promove a regularização fundiária, legalizando áreas anteriormente irregulares e proporcionando segurança jurídica aos moradores.
Além disso, estabelece áreas de proteção ambiental, normas para preservação e diretrizes para a mobilidade urbana, incentivando o transporte público, deslocamentos a pé e o uso de bicicletas.
Como funciona o PDOT?
A versão atual do PDOT é de 2009, e sua revisão deve ocorrer a cada dez anos. O novo processo começou em 2019, mas foi interrompido pela pandemia e retomado em 2023. Essa revisão está prevista na Lei Complementar nº 803, de 2009.
A atualização do plano é dividida em quatro etapas:
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Diagnóstico: levantamento das necessidades e expectativas das regiões, com a realização de mais de 54 audiências e reuniões públicas em diversas regiões administrativas.
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Prognóstico: construção de cenários possíveis para o futuro do DF.
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Proposta: desenvolvimento de soluções com base nos dados e desafios identificados nas etapas anteriores.
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Consolidação: elaboração da minuta de lei com base nas contribuições recebidas.
Atualmente, qualquer pessoa, mesmo que não tenha participado das fases anteriores, pode acessar e analisar as propostas pelo site do PDOT ou nas salas específicas instaladas nas administrações regionais.
Entre março e abril, ocorrerão reuniões públicas para discutir os macrotemas — que abrangem temas como macrozoneamento, oferta habitacional, estratégias de regularização fundiária e integração ambiental.
Simultaneamente, durante o mês de março, as administrações regionais contarão com salas do PDOT para apresentar as propostas à população e incentivar a participação.
Para acompanhar as propostas, participar das reuniões e oficinas, acesse o site do PDOT.
Após aprovação e votação na Câmara Legislativa, as novas diretrizes do PDOT terão validade pelos próximos dez anos.07