O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou que vai interromper suas férias e voltará à capital carioca ainda na noite deste domingo (14) para atuar na força-tarefa de resgate e auxílio aos municípios do estado afetados pelas fortes chuvas que atingem a Zona Norte do Rio e cidades na região metropolitana desde o sábado (13).
De acordo com a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Castro vai se reunir com o Comitê de Chuvas às 10h desta segunda-feira (15). O encontro está previsto para acontecer no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), com representantes dos órgãos envolvidos na operação, como o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil.
Castro saiu em viagem de férias para Orlando, nos Estados Unidos. Desde as primeiras notícias sobre a tragédia no estado do Rio, o governador tem feito publicações em redes sociais sobre ações nas cidades afetadas. Segundo Castro, os bombeiros chegaram a atender 200 ocorrências envolvendo as chuvas em um prazo de 24 horas, desde sábado.
Até as 20h deste domingo, a Defesa Civil tinha confirmado a morte de 11 pessoas em decorrência das fortes chuvas no Rio de Janeiro. A última vítima identificada havia sido um homem de 59 anos, que sofreu choque elétrico no município de Duque de Caxias. Uma mulher de Belford Roxo e uma criança em São João de Meriti seguem desaparecidas, confirmou ao R7 a corporação.
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Riscos à população
Depois dos temporais deste fim de semana, o Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) emitiu um alerta de risco muito alto e alto de deslizamento para 18 municípios. A previsão do tempo indica que a chuva deve continuar ao longo da noite, com pancadas isoladas.
A prefeitura determinou que oito locais na Zona Norte fossem transformados em pontos de assistência aos moradores afetados. O acesso de veículos à Avenida Brasil, uma das principais da cidade, chegou a ser interditado, mas foi totalmente liberado no fim desta manhã, informou o Centro de Operações do Rio (COR).
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), decretou situação de emergência na cidade. Ele pediu que as pessoas evitem circular na cidade neste domingo em virtude dos estragos causados pelas chuvas. Diretamente do Centro de Crise instalado pela prefeitura na Pavuna, um dos bairros que mais sofreram com a tempestade, o gestor falou sobre a situação e alertou sobre o risco de mais chuvas ainda neste domingo.
A capital fluminense permanece em estágio 4 — o penúltimo nível de uma escala que vai até 5 —, e a situação ainda é de grande perigo. “Mantenha-se em local seguro”, escreveu o centro de operações após a liberação da Avenida Brasil.
Ajuda do governo federal
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, informou, por meio de nota oficial da pasta, que o governo federal vai dar todo o apoio necessário para a cidade do Rio de Janeiro. “Não faltarão recursos federais para atendimento à cidade do Rio de Janeiro. Essa é uma determinação do presidente Lula para qualquer caso de desastre em nosso país”, afirmou no documento.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a Brasília na hora do almoço, saindo de São Paulo. O prefeito Eduardo Paes é aliado do presidente. Mais cedo, Góes concedeu entrevista dizendo que apenas aguardava que a cidade estivesse com o decreto de situação de emergência para que pudesse agir. Minutos depois, a prefeitura carioca emitiu o documento.
O comunicado do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) informou que Góes já conversou com Paes e que colocou a estrutura da Defesa Civil Nacional à disposição do município, tanto em termos de recursos quanto de pessoal.
“Estamos acompanhando de perto a situação do Rio de Janeiro e iremos fazer tudo o que for necessário para atender a população afetada”, destacou o ministro na nota. “Estamos prontos para enviar uma equipe da Defesa Civil Nacional para dar apoio no atendimento à população afetada e nos procedimentos necessários para a solicitação de recursos federais”, declarou.