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segunda-feira, novembro 25, 2024

Freddy Ferreira analisa a bateria da Vila Isabel no ensaio técnico na Sapucaí

Um excelente ensaio técnico da bateria da Unidos de Vila Isabel, comandada por mestre Macaco Branco. Uma conjunção sonora preciosa foi obtida, graças ao equilíbrio musical e a boa equalização de timbres. Bossas altamente casadas com a obra da Vila mostraram uma bateria “Swingueira de Noel” com ritmo da Vila clássico, mesmo com arranjos com certa sofisticação.

Foto: Vitor Melo/Divulgação Rio Carnaval

A parte de trás do ritmo da Vila contou com sua tradicional afinação de marcações mais pesada, com uma boa distinção entre os timbres. Marcadores de primeira e segunda pulsaram de forma firme, mas com profunda precisão. Os surdos de terceira foram responsáveis pelo balanço e estiveram irrepreensíveis. Uma ala de repiques ressonante e coesa, auxiliou no complemento dos médios. Que ainda contou com um trabalho bastante eficiente das caixas retas, tocadas embaixo. Tudo isso destacado pelo sublime naipe de tarol, com sua genuína e bem executada batida com toque de partido alto.

Na cabeça da bateria da Vila, um naipe de cuícas bem seguro tocou de modo equilibrado. Uma ala de chocalhos com boa técnica musical se exibiu de modo interligado a um naipe de tamborins de altíssimo valor sonoro. Os tamborins da Vila Isabel, graças a um trabalho enxuto e um desenho rítmico funcional, tocaram de modo uníssono por toda a pista.

Bossas com musicalidade bastante integrada ao belo samba-enredo reeditado deram certo frescor a sua execução. Dando ares de modernidade, arranjos musicais contemporâneos ajudaram a impulsionar a obra da azul e branca do bairro de Noel. Tal fato, inclusive, ajudou certamente componentes na evolução, já que as paradinhas possuíam sonoridade envolvente e dançante. Destaque para a execução privilegiada de surdos, caixas e taróis nas bossas. Sempre demonstrando precisão e educação.

Um excelente ensaio técnico da bateria da Vila, dirigida por mestre Macaco Branco. Um trabalho pautado pela boa educação musical dos ritmistas, que tiraram som das peças sem colocar força a mais nos instrumentos. Isso impactou positivamente numa sonoridade enxuta, equilibrada e com uma fluência plena entre os mais diversos naipes. A “Swingueira” volta para o bairro de Noel feliz e orgulhosa, por estar pronta para realizar mais um grande desfile.

Fonte: R7 – Entretenimento

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