O presidente da Rússia, Vladimir Putin, poderá se tornar o governante mais antigo do país desde o século XVIII. O chefe do Kremlin acaba de registar oficialmente a sua candidatura às eleições, marcadas para os dias 15, 16 e 17 de março. A informação é da agência de notícias Interfax. Caso vença, este será o sexto mandato de Putin como chefe de Estado. Ele permaneceria no cargo até 2030.
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Embora sua vitória no pleito eleitoral esteja praticamente certa, seus opositores políticos, a exemplo de Boris Nadezhdin, poderão recolher assinaturas para suas candidaturas até a próxima quarta-feira, 31. Estes devem apresentar no mínimo 100 mil assinaturas de pelo menos 40 diferentes regiões.
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Opor-se a Putin nas eleições não é tarefa simples. Em dezembro, a Comissão Eleitoral Central da Rússia impediu a candidatura da jornalista e pré-candidata Yekaterina Duntsova, declaradamente contrária à guerra na Ucrânia. Ela foi impedida porque seu formulário de inscrição teria apresentado alguns erros.
“Você é uma mulher jovem, tem toda a vida pela frente”, justificou a chefe da Comissão Eleitoral Central da Rússia, Ella Pamfilova, após a decisão. “Qualquer coisa negativa sempre pode ser transformada em algo positivo. Qualquer experiência ainda é uma experiência”.
Yekaterina não foi a única a ser barrada. Yulia Galyamina, uma outra oposicionista do atual governo, também teve seu nome cancelado por estar ligada a protestos, em 2020, que teriam ferido a legislação do país.
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Certeza da reeleição
A convicção da vitória de Putin é tanta que, em agosto do ano passado, o seu porta-voz, Dmitry Peskov, declarou que “teoricamente” a eleição presidencial de 2024 poderia acontecer.
“O senhor Putin será reeleito no ano que vem com mais de 90% dos votos”, garantiu o porta-voz.
O Tribunal de Haia decretou a prisão de Vladimir Putin por crimes contra a humanidade.
