Turistas que visitam a histórica cidade de Pompeia, imortalizada pelas cinzas da erupção do Monte Vesúvio, têm devolvido objetos roubados, alegando uma suposta maldição.
Ao longo dos anos, vários itens foram subtraídos por visitantes do sítio arqueológico, mas uma estranha coincidência parece assombrá-los: muitos acreditam que tais artefatos trouxeram infortúnios para suas vidas.
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Os objetos amaldiçoados de Pompeia
Pompeia, uma cidade do Império Romano localizada a 22 km de Nápoles, na Itália, teve sua história tragicamente marcada pela erupção do vulcão Vesúvio, no ano 79 d.C.
Esse evento catastrófico cobriu o local com uma chuva intensa de cinzas, preservando-a sob camadas que ocultaram seu esplendor por aproximadamente 1600 anos, até sua redescoberta em 1748.
As cinzas e lama protegeram as construções e objetos, bem como moldaram os corpos das vítimas como se fossem estátuas, oferecendo uma visão detalhada da vida na Roma Antiga.
Sobre a maldição, Gabriel Zuchtriegel, diretor do Parque Arqueológico de Pompeia, revelou uma dessas narrativas.
Uma visitante, após ser diagnosticada com câncer de mama, atribuiu sua condição à ‘maldição de Pompeia’, pedindo desculpas por ter levado pedras do local. Essa não é uma ocorrência isolada.
Outra mulher, com uma história semelhante de câncer e dificuldades financeiras, expressou sua crença de que os problemas começaram após sua visita a Pompeia.
Entretanto, a ideia de uma maldição associada à cidade é, segundo especialistas, um mito. O IFL Science, um portal de notícias científicas, esclarece que tais relatos são exemplos clássicos de viés de confirmação.
Pessoas tendem a conectar eventos adversos de suas vidas a ações específicas, como roubar artefatos, sem embasamento estatístico ou científico para essas afirmações.
A probabilidade de desenvolver câncer ou enfrentar problemas financeiros não aumenta pelo ato de levar um objeto de um sítio arqueológico.
É importante notar que muitos outros visitantes que pegaram itens de Pompeia não relataram eventos negativos, sugerindo que as alegações de maldição não passam de coincidências. Logo, a ausência de evidências refuta a ideia de uma maldição real sobre a cidade.