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quarta-feira, novembro 27, 2024

Can-Am fecha Dakar 2024 com três duplas da T3 no Top5 e três no Top10 da T4

Rodrigo Varela/Enio Bozzano Junior

Após mais de 7.600 km e 12 etapas percorridas na Arábia Saudita, terminou na sexta-feira (19), em Yanbu, às margens do Mar Vermelho, o 46º Dakar. O maior e mais desafiador rali do mundo não poupou máquinas e competidores em uma das edições mais duras da história, mas os Can-Am Maverick XRS Turbo comprovaram toda a robustez e performance, seja na imensidão do deserto ou nos terrenos repletos de pedras. As duplas apoiadas pela marca canadense se destacaram sempre brigando entre os ponteiros e fecharam o rali com balanço positivo: três da categoria T3 (Challenger) entre os Top5 e três da T4 (SSV) entre os Top10.

Em 3º na T3 ficou a dupla do UTV #300 do piloto lituano Rokas Baciuska e do espanhol Oriol Montijano. Já os chilenos Francisco “Chaleco” Lopez/Juan Pablo Vinagre #301 terminaram em 4º na categoria T3. Vale ressaltar que Chaleco está em sua 11ª participação, é tricampeão do Dakar (T4 em 2019 e 2021 e T3 em 2022) e um dos pilotos sul-americanos de maior destaque no off-road.

O melhor brasileiro classificado entre os UTVs foi o catarinense de Lages, Gustavo Gugelmin, que navega para o norte-americano Austin Jones. Jones/Gugelmin #305 completaram o rali em 5º na T3. A dupla é bicampeã do Dakar nas edições de 2023 e 2022, antes em 2018, Gugelmin foi campeão com o piloto Reinaldo Varela. Eles lutaram para levar a marca para o sétimo título, mas não foi desta vez. “Mais um Dakar finalizado, conseguimos um 5º lugar na geral. Quero agradecer mais uma vez ao Jones pela confiança de sempre e, também, a toda equipe South Racing, aos patrocinadores e que venham os próximos desafios”, afirma o navegador.

Na categoria T4 a estreante (Rookie) Sara Price #419 surpreendeu com sua pilotagem, ao lado de Jeremy Gray. A dupla dos Estados Unidos ficou com a 4ª posição, mas a piloto já havia vencido o Desafio “Road to Dakar” apresentado pela A.S.O, organizadora do Dakar. Na sequência, em 5º, estão os portugueses João Ferreira/Filipe Palmeiro #400. Ferreira foi Campeão do Rally do Marrocos 2023, na T4.

Entre os brasileiros da T4, Cristiano Batista foi quem obteve o melhor resultado desta edição. O piloto mineiro, que participa pela segunda vez do Dakar, contou com a navegação do espanhol Fausto Mota e conquistou a 7ª posição. Batista/Mota #414 venceram a 9ª etapa, entre Hail e Alula, na última terça-feira. Batista é campeão na categoria UTV T4 do FIA World Cup for Cross Country Bajas 2023.

Já, a dupla brasileira Rodrigo Varela/Enio Bozzano Jr #416 estreou no Dakar em grande estilo ao vencer a etapa de abertura, entre Alula e Al Henakiyah, com 12min17seg de vantagem. Mas tiveram problemas durante a etapa maratona de 48 horas (Especiais 6 e 7) e caíram na classificação e encerram o rali na 24ª posição na T4, mas com muito aprendizado.

“Foi um baita aprendizado este Dakar, sem dúvida um dos maiores desafios como piloto que já tive! Tivemos uma boa atuação, mas infelizmente tivemos um problema que nos tirou da disputa pela vitória, mas voltaremos nos próximos anos para batalhar novamente”, ressalta Rodrigo Varela que completa: “O Bozzano foi excelente, a navegação estava muito difícil este ano e ele conseguiu cravar todas as referências”. O piloto segue os passos do pai, Reinaldo (campeão do Dakar), e em 2023 foi Campeão Sul-Americano de Rally Cross-Country.

Nesta sétima participação da Can-Am no Dakar foram 78 UTVs inscritos no grid, destes 47 são da marca canadense. A evolução do veículo e a competitividade apresentada se consolidou pelos títulos conquistados, mas sobretudo pelo desempenho e confiabilidade que oferece aos competidores durante uma prova longa como essa, que é o maior campo de testes do mundo.

O maior rali do planeta acontece sob regulamento do W2RC, o Mundial organizado pela FIA que conta com cinco etapas. A 46ª edição teve início no dia 5 de janeiro com um roteiro de 7.670 km, dos quais 4.632 km de especiais cronometradas. Em 2024 teve 60% de trechos inéditos e em quase todas as etapas com dunas. A novidade foi a etapa 48 horas Chrono, uma maratona dentro do Empty Quarter, no deserto RubAl Khali com 650 mil km quadrados, é a maior área contínua coberta de areia do mundo.

Fonte: R7 – Esportes

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