O presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto, deixou a carceragem da Superintendência da PF (Polícia Federal) neste sábado (10). Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liberdade provisória a Valdemar, preso na última quinta-feira (8) durante a operação da PF que investiga uma suposta organização de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições de 2022 para o Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao deixar a Superintendência, Valdemar abaixou os vidros do carro e cumprimentou os jornalistas, mas optou por não fazer declarações sobre sua prisão. Na decisão que concedeu liberdade ao dirigente do PL, Moraes seguiu o parecer do vice-procurador da PGR (Procuradoria-Geral da República), Hindenburgo Chateaubriand, que argumentou que, aos 74 anos, Valdemar não cometeu nenhum ato violento.
Prisão em flagrante
A prisão em flagrante ocorreu porque ele tinha em casa uma arma irregular e uma pepita de ouro. Na sexta (9), a prisão em flagrante de Valdemar foi convertida em preventiva pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
De acordo com a Polícia Federal, o grupo investigado se organizou em equipes para espalhar fraudes nas eleições de 2022, antes mesmo delas acontecerem. O objetivo era justificar uma intervenção militar usando táticas de milícia digital. Ao todo, a Operação Tempus Veritatis cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão preventiva em nove estados e no Distrito Federal.