Atualmente, a Universidade de Brasília conta com um portfólio com mais de 800 tecnologias protegidas
A Universidade de Brasília realizou a transferência de 234 tecnologias para a sociedade. A primeira ocorreu em 1998 e, durante 19 anos (até 2016), o total havia sido 80. Entre 2017 e 2024, houve um salto: 154 novas transferências, o que representa um aumento de 192,5% nos indicadores de inovação da instituição.
“A transferência de tecnologias é uma das formas mais impactantes de levarmos o conhecimento acadêmico para fora dos muros da Universidade, beneficiando a sociedade de maneira direta. Ao licenciarmos ou cedermos essas tecnologias para instituições públicas e empresas, estamos ampliando o alcance do trabalho desenvolvido na UnB e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país. Esse resultado expressivo não só fortalece a nossa posição como uma das principais universidades do Brasil, mas também demonstra o nosso compromisso com a inovação e com a transformação da realidade por meio da ciência e da tecnologia”, afirma a reitora Márcia Abrahão.
Por meio da transferência de tecnologias, a UnB leva o conhecimento produzido dentro da Universidade para ser aplicado na sociedade, por meio do licenciamento ou cessão das tecnologias para outras instituições públicas ou empresas. As tecnologias são desenvolvidas por docentes, pesquisadores e estudantes da UnB, sendo protegidas e de titularidade da Universidade de Brasília.
Entre as diversas tecnologias criadas na UnB e levadas à sociedade, está a máscara Vesta, que foi desenvolvida durante a pandemia de covid-19. O equipamento foi pensado para oferecer proteção extra aos profissionais de saúde durante a crise sanitária.
A Vesta é um respirador facial do tipo PFF2 (peça facial filtrante), sendo o primeiro com nanotecnologia de proteção contra vírus e bactérias. À época, em 2022, o item foi distribuído entre servidores da UnB e profissionais de saúde do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) e do Hospital Região Leste, na região administrativa do Paranoá, no Distrito Federal. Houve ainda a doação de 5 mil unidades à Prefeitura da Cidade de Goiás (GO).
“A UnB conseguiu desenvolver a tecnologia, fazer o pedido de patente, negociar e celebrar o contrato de transferência de tecnologia em menos de dois anos. Tudo isso durante a pandemia de covid-19. É um tempo recorde para a UnB, o que foi muito importante em um momento de urgência por soluções tecnológicas na pandemia”, destaca a diretora do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT/UnB), Marileusa Chiarello.
“Foi possível transferir essa tecnologia para uma empresa da área de saúde que manifestou interesse e passou a produzir essas máscaras. Esse ativo intelectual da UnB chegou ao consumidor final, à sociedade, aos hospitais, com várias vantagens em relação ao que existia até então”, complementa.
PROTEÇÃO – Essas tecnologias, antes de serem transferidas, são protegidas nas diversas modalidades abarcadas pela propriedade industrial (patentes, desenhos industriais, marcas), pelas proteções sui generis (topografias de circuitos integrados) ou pelos direitos autorais (programas de computadores). Desde 1992, a UnB realiza tais proteções.
Nos últimos anos, a UnB dobrou o número de tecnologias protegidas. De 2017 a 2023, o CDT realizou a proteção de 384. Um volume que se aproxima do total de proteções feitas de 1992 a 2016, quando havia cerca de 400. Atualmente, considerando também o ano de 2024, o portfólio da Universidade de Brasília conta com mais de 800 tecnologias protegidas.
Agência UnB