A mulher espancada pelo ex-marido, que é lutador de jiu-jítsu, no Rio de Janeiro, disse se sentir aliviada com a prisão dele, nesta segunda-feira (29). O homem foi alvo de um mandado de prisão preventiva (sem prazo).
Com hematomas no rosto, Adriana Freitas, de 48 anos, esteve no IML (Instituto Médico-Legal), nesta tarde, e contou ter sido mantida dentro de um carro, por seis horas, sob agressões e ameaças.
Adriana foi retirada de uma festa em Jacarepaguá, na zona oeste, no último fim de semana, em meio a uma discussão, após o ex-marido ter tomado o celular dela.
Amigos dos dois tentaram intervir, mas, segundo a vítima, o lutador a conduziu para o lado de fora e disse que iria apenas ter uma conversa.
“Ali, ele já começou me torturar. Me jogou no chão, me deu pontapé e me colocou dentro do carro. Foram seis horas de ele me dando soco, […] mordeu minha pena, tentou entrar no motel para me estuprar”, afirmou Adriana em entrevista à RECORD.
A vítima disse não se lembrar de todo o caminho, mas sabe que o agressor dirigiu até a região serrana. No caminho, ele também fez ameaças contra a vida dos dois: “Tive medo de morrer”, desabafou ela.
Ao passar pela Baixada Fluminense, Adriana conseguiu gritar por socorro e, nesse momento, o ex-marido teria se assustado e reduzido a velocidade do veículo.
Ela relatou ter conseguido escapar com a ajuda de funcionários de um posto de combustíveis, que pediram um carro de aplicativo para ela voltar para casa.
Adriana foi casada por 25 anos com o agressor, com quem teve dois filhos. Ela disse que houve agressões verbais e físicas, durante o relacionamento. Inclusive, ela já havia obtido na Justiça uma medida protetiva contra ele.