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sábado, novembro 23, 2024

Taxa de incidência de dengue no Distrito Federal é quase 10 vezes maior que a do Brasil

Com 2.405 casos por 100 mil habitantes, o Distrito Federal tem uma taxa de incidência de dengue quase 10 vezes maior que a do Brasil, que é de 273,6 ocorrências, e quase três vazes a mais que a de Minas Gerais, que apresenta o segundo maior índice (936,1). Além disso, das 94 mortes causadas pela doença no país, 19 foram confirmadas no DF e outras 66 estão sob investigação. Os dados são do Ministério da Saúde, com base na última atualização, dessa sexta-feira (16).

O Governo do DF decretou situação de emergência por causa da doença no dia 25 de janeiro e instalou tendas de hidratação para atender a população.

Segundo dados da Secretaria de Saúde, na última semana foram contabilizados mais de 20 mil casos da dengue, o que equivale a um aumento de 1.303% em relação ao mesmo período de 2023. São 67.897 casos prováveis até 10 de fevereiro.

A maior incidência da dengue é em mulheres e em pessoas de 20 a 29 anos, seguidos por pessoas de 40 a 49 anos e de 30 a 39 anos.

Ceilândia é a região administrativa com mais números prováveis de dengue (12.983), seguida por Taguatinga (3.772). Entretanto, Brazlândia segue como a região com maior incidência de casos, com 3.776 casos por 100 mil habitantes, seguida por Sol Nascente/Por do Sol (2.963) e Estrutural (2.854).

Em toda o DF, apenas o Sudoeste/Octogonal e o Parkway têm uma taxa de incidência considerada baixa, o que significa menos de 100 casos para cada 100 mil habitantes.

Arniqueira, Jardim Botânico, Lago Sul e Águas Claras têm incidência média, ou seja, entre 100 e 299,9 casos. Todas as demais regiões administrativas registram incidência alta.

Segundo o epidemiologista Wildo Araújo, a diferença de incidência de dengue pode estar ligada à quantidade de prédios e densidade populacional. “Brazlândia, São Sebastião, Ceilândia e Sol Nascente tem como características muito semelhantes serem pouco verticalizadas, ou seja, poucos prédios quando comparados, por exemplo, ao Sudoeste e a Águas Claras”, explica.

Ele afirma que outra explicação para a diferença de número de casos pode estar ligada à demora em notificações. “Pode estar acontecendo um retardo do registro de informações provenientes de regiões onde as pessoas tenham proporção maior de convênios médicos ou da sua própria rede privada e esses dados ainda não chegaram ao sistema de vigilância”, completa.

Vacinação no DF

Depois de receber menos doses da vacina contra a dengue do que o esperado no dia 8 de fevereiro, o Distrito Federal limitou a aplicação para crianças de 10 e 11 anos. A previsão inicial era vacinar a faixa etária de 10 a 14 anos.

Nos primeiros três dias de vacinação, 7 mil doses foram aplicadas, sendo 3.633 doses apenas no primeiro dia. A estimativa é de que 1,5 milhão de crianças dessa faixa etária recebam a vacina em todo o país.

Fonte: R7 – Brasília

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