Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) venceu a 18ª Strade Bianche, em um dos momentos que pode ser considerado um dos mais magníficos da história do ciclismo, após atacar a 81 km da linha de chegada, partir em um voo solo e ultrapassar a linha final em Siena com vários minutos de vantagem sobre Tom Skujins (Lidl-Trek), 2º colocado. Maxim Van Gils (Lotto Dstny) completou o pódio na 3ª posição.
Início acelerado da corrida
A corrida começou de forma atrativa com uma fuga de cinco ciclistas. Dion Smith (Intermarché-Wanty), Mark Donovan (Q36.5), Lawson Craddock (Jayco AlUla), Nils Brun (Tudor) e Anders Halland Johannessen (Uno-X Mobility) uniram forças e conquistaram uma vantagem de dois minutos e meio. Porém, as equipes UAE Emirates e EF Education-EasyPost rapidamente começaram a diminuir essa vantagem.
Quando os dois ciclistas foram pegos novamente, o campeão americano, Quinn Simmons, atacou novamente durante uma chuva torrencial que caía na Toscana. Simmons foi seguido por um grupo de cerca de vinte ciclistas, incluindo quatro representantes da Visma-Lease a Bike (Attila Valter, Ben Tulett, Christophe Laporte e Sepp Kuss), 3 da UAE Team Emirates (Tim Wellens, Isaac del Toro e Tadej Pogacar), além de Ben Healy, Matej Mohoric e Tom Pidcock.
Pogacar conduz uma fuga solitária
Tim Wellens tomou a liderança do pelotão na Monte Sante Marie, à serviço de Tadej Pogacar. Pogacar atacou 81 quilômetros antes da linha final, se distanciando do restante do pelotão e rapidamente construindo uma vantagem significativa.
Poucos momentos depois, Pogacar já tinha uma vantagem de mais de um minuto sobre o pelotão perseguidor e, apesar de ainda faltarem 75 km, parecia que a corrida já poderia terminar.
Briga pelo 2º lugar
Maxim Van Gils tentou alcançar Pogacar, mas com o risco de ficar sozinho na perseguição o ciclista da Lotto Dstny esperou o grupo, quase dois minutos atrás de Pogacar, faltando 70 km para o fim.
Apesar de um contra-ataque liderado por Romain Bardet e Benoit Cosnefroy, a 50km do final, a vantagem de Pogacar aumentou para incríveis 2min 40seg.
A caminho dos 15 km finais, atrás do fugitivo esloveno, Maxim van Gils e Toms Skujins, após um ataque no grupo dos perseguidores, foram os adversários mais próximos a três minutos de distância, com o ‘pelotão’ principal (grupo de menos de 20 pilotos) quase cinco minutos atrás.
O vencedor do ano passado, Tom Pidcock, fez uma última tentativa de subir ao pódio, atacando o grupo de perseguição, a 10 km do final.
No fina a situação era Pogacar com três minutos de vantagem, depois Van Gils e Skujins com Pidcock entre a dupla e o grupo de perseguição principal.
No final Skujins acabou batendo Van Gils na ascensão final e ficou com o 2º lugar.
Vitória incontestável de Pogacar
Tadej Pogacar, o líder da equipe UAE Emirates, manteve estável sua vantagem e seguiu rumo à vitória. Pogacar comemorou esta grande vitória de forma prolongada na Piazza del Campo em Siena. Esta é a segunda vez que Pogacar vence a clássica de gravel na Toscana, tendo também vencido também através de um ataque solo em 2022.