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terça-feira, novembro 26, 2024

Seleção brasileira não engrena nas mãos de Ramon Menezes e adia sonho do tri olímpico :: ogol.com.br

Duas décadas depois, a seleção brasileira volta a ficar fora de uma edição das Olimpíadas. Sob o comando de Ramon Menezes, o Brasil fracassou no Pré-Olímpico e acentuou novamente diante da Argentina mais um vexame nas categorias de base.

Apesar das atuações pobres em toda a disputa da competição, a seleção Canarinho chegou na rodada decisiva dependendo apenas das próprias forças para carimbar o passaporte para a quinta Olimpíada consecutiva e ir em busca da terceira medalha de ouro. Nem mesmo a possibilidade de classificação com o empate foi o suficiente para evitar mais uma queda para os maiores rivais.

Em mais uma partida sem inspiração, o Brasil perdeu para a Argentina por 1 a 0 e deixou a vaga escapar para os Hermanos. A classificação já havia ficado complicada após o tropeço para o Paraguai na primeira rodada do quadrangular decisivo, mas acabou voltando a ficar próxima com a vitória suada sobre Venezuela e a combinação de resultados na rodada.

A decepção brasileira foi apenas consolidada neste domingo, mas estava sendo premeditada desde o início do ciclo olímpico. Sem sucesso nos amistosos, os comandados de Ramon Menezes repetiram as fracas atuações na competição e deixaram a vaga em Paris escapar de maneira melancólica.

Atuações fracas do início ao fim

A seleção brasileira não convenceu em nenhum momento do Pré-Olímpico. Apesar da classificação sem sustos na primeira fase, a equipe sobreviveu de lampejos individuais, principalmente de Endrick e John Kennedy. Os dois atacantes foram os responsáveis pelos gols decisivos nas vitórias sobre Bolívia e Colômbia, nas duas primeiras rodadas.

Diante do Equador, na terceira partida, a seleção iniciou o segundo tempo pela primeira vez atrás do placar e, em um momento único na competição, emplacou uma atuação intensa, ofensiva e sincronizada para buscar a virada com gols de Marlon Gomes e Gabriel Pirani.

Foram menos de 45 minutos de empolgação, a performance foi um lapso de brilhantismo em um deserto de frustração. A derrota com a equipe alternativa contra a Venezuela abriu o caminho para a eliminação na fase final. 

No quadrangular decisivo, o Brasil tropeçou nos paraguaios e ligou o sinal de alerta. Ainda não era tarde demais, mas não mudou os rumos da história. Outra vez dependente da individualidade, o Brasil arrancou uma dramática vitória por 2 a 1 sobre a Venezuela com um gol de Guilherme Biro, aos 43 da segunda etapa, e ganhou um último respiro no torneio.

Na rodada final, a “decisão” contra a Argentina era o teste de fogo diante de um fantasma que assombra todas as categorias da seleção brasileira, como a goleada sofrida nas quartas de final do Mundial sub-17 ou a derrota recente sofrida pela principal em pleno Maracanã. Com a pré-olímpica, um novo tombo igualmente cruel.

A Albiceleste dominou o Brasil, tomou conta da partida e deu um golpe letal aos 33 minutos da segunda etapa, com Luciano Gondou. No domingo de carnaval, somente se ouviu tango na Venezuela.

Ausência do jogo coletivo e falta de intensidade

É importante lembrar que Ramon Menezes não pôde contar com nomes importantes como Vitor Roque, Paulinho, João Pedro e Moscardo, que participaram do ciclo pré-olímpico e não foram liberados por seus respectivos clubes para o torneio. Entretanto, apesar dos desfalques, a seleção ainda teve presenças de peso como Endrick, John Kennedy, Andrey Santos e Marlon Gomes.

Coletivamente, Ramon não conseguiu extrair um desempenho aceitável do selecionado brasileiro. A equipe foi carente de um padrão tático e sucumbiu diante de adversários tecnicamente inferiores. Como mencionado anteriormente, as vitórias tinham como base alguns lapsos de brilho individual, aliados a participações cirúrgicas do goleiro Mycael.

John Kennedy, titular em toda a competição e reserva na partida decisiva, definiu como “falta de ambição” a ausência de ímpeto da seleção em momentos cruciais da competição. O atacante do Flu não poupou palavras para desabafar sobre o vexame.

“Acho que é tristeza, mas da minha parte, principalmente vergonha. Seleção do tamanho do Brasil não pode ficar fora da Olimpíada. Tristeza, mas um pouco de vergonha. Pouca não, muita vergonha”, completou.

Os próximos passos de Ramon Menezes na seleção brasileira ainda são desconhecidos. Depois de não empolgar no comando da principal e decepcionar com a olímpica, o treinador tem futuro incerto dentro da CBF. 

Fonte: R7 – Futebol

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