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sexta-feira, outubro 25, 2024

São Caetano do Sul (SP) vai gastar R$ 7 milhões para expulsar pombos

A Prefeitura de São Caetano do Sul, no Grande ABC, em São Paulo, vai desembolsar R$ 6,8 milhões para tentar expulsar pombos de prédios da cidade.

O consórcio responsável pelo serviço informou que já trabalha na implantação da medida. O projeto visa a impedir o pouso e a permanência das aves em 108 imóveis públicos, do qual 68 são escolas.

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A gestão municipal diz que o objetivo é manter os ambientes em condição salubre. “A medida contribui significativamente para a saúde pública, especialmente das crianças”, comunicou.

De acordo com a instituição, os pombos são “vetores de doenças infecciosas, como salmonelose e ornitose, provocadas por bactérias; e criptococose, histoplasmose e meningite, provocadas por fungos”.

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Conforme a prefeitura, o prazo de vigência do contrato é de 12 meses, prorrogável por idênticos ou sucessivos períodos, visto o limite de 60 meses. Assim, em cinco anos, o valor total pode ultrapassar R$ 30 milhões.

Ao jornal Folha de S.Paulo, o Consórcio Guima-Desintec afirmou “empregar diversas técnicas que visam a repelir os pombos de maneira ética e segura”. Essa vai ser a primeira operação do tipo realizada de forma integrada pelo consórcio.

O consórcio planeja usar um gel repelente para espantar as aves. Ele cria uma superfície pegajosa que inibe o pouso e permanência do animal. Além disso, a instituição vai instalar telas, redes, passarinheiras e espiculas para impedir a entrada dos pombos em algumas áreas.

A prefeitura tenta expulsar os pombos, que são vetores de diversas doenças | Foto: Flickr/Victor Márcio

A equipe responsável também planeja usar um dispositivo de ondas eletromagnéticas que fará a emissão de sinais sonoros. Conforme a empresa, o som desencoraja o pouso e a permanência de pombos no local, mas é imperceptível para humanos e outros animais, até mesmo para outras aves.

Os responsáveis explicam que o gel é atóxico, e que as barreiras a serem instaladas são inofensivas, mas eficazes contra a presença do animal.

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A veterinária Luana Desie, da clínica Consultório das Aves, disse à Folha que não vê problemas na medida, desde que não machuquem os animais nem usem veneno. No entanto, a profissional questiona a eficácia da operação.

“Eles [pombos] vão acabar migrando para outros locais, para bairros vizinhos”, observou. “Eles vão se realocando. Vai acabar espalhando o problema, não vai resolver o problema. O ideal é o controle contraceptivo. Espalhar ração com anticoncepcional pela cidade. Já fazem isso em países da Europa.”

De acordo com a veterinária, o gel aplicado pode sumir da superfície em caso de chuva forte.

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Fonte: R7 – Brasil

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