Carnaval – Barão Vermelho Carnaval é coletivo: blocos de rua, movimentos sociais, turistas e secretarias. E foliões. Muitos foliões. E é assim, na “solidão, sozinho na multidão”, que o Barão Vermelho retrata a saga do folião, no singular, no álbum Carnaval (1988). Sua jornada como indivíduo em busca de diversão. Periférico, marginalizado em transportes públicos de péssima acessibilidade, que piora no Carnaval. É sobre o que “se faz a noite, no fim da festa”, em meio a sujeira e cheiro de urina na falta de banheiros públicos. É sobre o que faz o “mundo escuro e sujo”: “por mais liberdade que anseie”, “inquisições fatais”, “preconceitos sexuais” e “repressões fascistas”. “Mundo escuro e sujo”. Mesmo, “Pense e Dance” “como um furacão” “Selvagem”. E se chover, “danço na temporal”, “sou raio no meio da tempestade”. Um álbum especial para Barão Vermelho no pós Cazuza.