O programa Voa Brasil, que vai possibilitar a venda de passagens aéreas a R$ 200, será lançado após o Carnaval. O adiamento foi confirmado nesta terça-feira (30) pelo Ministério de Portos e Aeroportos, que não fixou uma data concreta. A expectativa do governo federal era lançar o programa em 5 de fevereiro, mas foi alterado por incompatibilidade com a agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O governo espera que sejam comercializados 6 milhões de bilhetes em 2024. O programa tem como objetivo incentivar o turismo nacional e o desenvolvimento regional, promovendo inclusão social.
Na primeira fase do programa serão contemplados aposentados que recebam até dois salários mínimos e alunos do ProUni (Programa Universidade para Todos) que não tenham viajado nos últimos 12 meses. A expectativa do Ministério de Portos e Aeroportos é beneficiar cerca de 5 milhões de CPFs.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, tem ainda a intenção de criar “um Voa Brasil internacional”, para viabilizar a ida de estudantes ao exterior, com bolsas. “O aluno de escola pública que quer fazer um curso em Cambridge, em Harvard, não tem condições. Essa pode ser uma proposta que venha a surgir nesse programa. Estamos trabalhando com as companhias aéreas para fazer um belo programa”, afirmou.
Quem se interessar em participar do Voa Brasil terá que acessar o site ou o aplicativo que o governo vai lançar, onde poderá consultar, a partir do número do CPF, se atende aos critérios do programa. Se estiver tudo certo, a compra dos bilhetes será liberada em seguida.
Cada beneficiado poderá comprar até duas viagens por ano, o que corresponde a quatro trechos de R$ 200, com direito a um acompanhante em cada trecho.
Não será possível escolher o destino da viagem, pois o programa vai comercializar apenas os lugares que estiverem disponíveis no site e no aplicativo. Serão os assentos que não foram vendidos pelas companhias aéreas parceiras nos voos domésticos regulares e que ficaram vazios.
A disponibilidade se aplica também às datas. Estarão disponíveis passagens para os meses de baixa temporada, quando há menor procura por voos, por exemplo, de fevereiro a junho e de agosto a novembro, quando a ociosidade nesses voos chega a 21%.