SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
A polícia do Equador disse nesta quinta-feira (18) ter prendido duas pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato do promotor responsável por investigar a invasão de um canal de TV que fazia uma transmissão ao vivo, nos dias iniciais da atual crise de segurança pública que vive o país sul-americano.
César Suárez foi morto a tiros na quarta (17) a caminho de uma audiência judicial. Ele dirigia na avenida do Bombeiro, no norte da cidade portuária de Guayaquil, no momento em que homens dispararam contra o carro. O veículo teria ficado com mais de 20 buracos de bala, segundo a imprensa local.
Ele havia sido designado para investigar qual dos diversos grupos criminosos que atuam no país esteve por trás da invasão das instalações do canal TC no último dia 9. O governo designou 22 desses grupos como “organizações terroristas” na última semana.
O ataque ao canal de televisão foi o estopim que levou o presidente equatoriano, Daniel Noboa, a decretar estado de “conflito armado interno” no país, que atualmente assiste à violência do narcotráfico elevada à máxima potência.
Suárez atuava no braço do Ministério Público especializado em investigações contra o crime transnacional e ficava baseado na província de Guayas, cuja capital é Guayaquil.