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terça-feira, novembro 26, 2024

PF prende condenado por participação na Chacina de Unaí; relembre o caso – Notícias

A Polícia Federal prendeu um homem condenado por participar da morte de três auditores do Ministério do Trabalho e um motorista em janeiro de 2004, no crime que ficou conhecido como “Chacina de Unaí“. Na época, os funcionários públicos estavam no meio de uma investigação sobre uma suposta situação de trabalho análogo à escravidão na região. Segundo a PF, o suspeito detido usava em passaporte falso na hora da prisão, que aconteceu em Campo Grande, no Mato Grosso. Um mandante do crime ainda não foi localizado pela Justiça e é considerado foragido.

Condenado a 96 anos de prisão, o homem teve a pena reduzida devido a um acordo de delação premiada. Durante o julgamento, em 2015, ele confessou a sua participação no crime. O preso não teve sua identidade revelada. Ele realizou o exame de corpo e delito e está à disposição da Justiça.

Relembre o caso

Em 2004, três auditores fiscais e um motorista do Ministério Público do Trabalho foram executados na cidade de Unaí, a 600 km de Belo Horizonte. O alvo dos assassinos era Nelson José da Silva, responsável pelas fiscalizações da região. As outras três vítimas eram os fiscais Erastóstenes de Almeida Gonçalves e João Batista Soares Lage e o motorista Ailton Pereira de Oliveira.

O trabalho dos fiscais era checar denúncias de pessoas em situação análoga à escravidão nas fazendas do município. Os três auditores fiscais morreram na hora, mas o motorista conseguiu dirigir e pedir socorro. Ailton foi levado para o hospital, mas morreu antes de dar entrada na unidade.

O Ministério Público Federal apontou nove envolvidos no crime; Erinaldo e Rogério, os pistoleiros; Willian, motorista dos bandidos; Humberto, responsável por apagar os rastros da quadrilha, esses contratados por Chico Pinheiro, fazendeiro conhecido por agenciar matadores de aluguel; a pedido de Zezinho e Hugo, empresários do setor de cereais, que intermediaram o crime. Os assassinatos foram a mando de Norberto e Anterio Manica, “os reis do feijão”.

Leia mais: Chacina de Unaí (MG): MPF pede antecipação de julgamento de ação que cobra R$ 29 milhões dos réus

Norberto e Anterio Manica eram irmãos que mantinham grandes lavouras de feijão na cidade. Em homenagem às vítimas, o dia 28 de janeiro foi oficializado como o “Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo”.

Fonte: R7 – Brasília

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