(FOLHAPRESS) – A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira (24) mandados de busca e apreensão contra suspeitos de terem atuado como financiadores e incitadores dos atos golpistas de 8 de janeiro. São cumpridos três mandados na cidade de Barueri, em São Paulo.
Segundo a PF, a ação é um desdobramento da 23ª fase da operação Lesa Pátria e foram cumpridos apenas nessa data “por conveniência investigativa.”
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”, diz a PF.
Na 23ª fase da Lesa Pátria, a PF prendeu um homem que contratou um ônibus para levar manifestantes de Salvador para Brasília. A suspeita dos investigadores é que a contratação do transporte foi paga com dinheiro de vaquinha ou que o responsável fosse um laranja.
Os investigadores encontraram digitais do preso em umas das esquadrias de vidro do Salão Negro do Congresso que foi depredada durante os ataques golpistas.
A operação desta quarta-feira foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que também determinou a indisponibilidade de R$ 40 milhões em bens, ativos e valores dos investigados.
A operação tem origem nas quatro frentes de investigação abertas após os ataques de 8 de janeiro.
Uma delas mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que apura ações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Outra tem como objetivo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.
O terceiro foco da investigação PF são os vândalos. Os investigadores buscaram identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios da capital federal, que acabaram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.
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