No domingo, dia 7, o fotógrafo Jeff Botega e a designer de moda Tati Laschuk estavam caminhando na praia de Nova Tramandaí, no Rio Grande do Sul, quando avistaram um curioso animal de pelos dourados saindo do buraco de uma duna.
Logo se aproximaram e identificaram a criaturinha: era um tuco-tuco.
Maravilhados com a beleza do bichinho, Jeff não perdeu a oportunidade de registrá-lo em vídeo.
Então posicionou sua câmera em frente à toca onde o animal cavava um túnel.
Porém, o equipamento intimidou o roedor, que logo interrompeu seu trabalho e ficou escondido.
Jeff não queria perder a oportunidade de registrar o bichinho, por isso usou outra tática: posicionou cuidadosamente a câmera mais longe, atrás da toca.
Dessa forma, o melhor aconteceu!
O tuco-tuco voltou ao trabalho e começou a cavar, cavar e cavar.
Em um entra e sai, com a praia lotada ao fundo, o fotógrafo capturou a incrível cena desse bichinho em pleno vigor de seu trabalho.
Jeff compartilhou o momento com seus seguidores, postando o vídeo em seu perfil do Instagram. A publicação acumulou mais de 36 mil visualizações.
Junto com o vídeo, Jeff deixou uma mensagem de conscientização, destacando que, nos últimos dias, nas praias do RS, devido à maré alta, é comum as pessoas ocuparem as dunas.
“Mas as dunas têm seu ecossistema próprio: vegetação, animais que ali habitam, como insetos, roedores e aves”, explicou. “Sentar, caminhar, jogar lixo nas dunas atrapalha todo esse ecossistema, e a vida de animais como o nosso amigo tuco-tuco!”
Ficou curioso para ver esse roedor trabalhando? Confira:
Fofinho demais!
Siga o Jeff Botega nas redes sociais, clicando aqui.
Sobre o tuco-tuco
Os campos arenosos e dunas costeiras ao longo do litoral abrigam diversas espécies de animais, incluindo os tuco-tucos, roedores subterrâneos pertencentes ao grupo Caviomorpha, encontrados em vários países da América do Sul.
O Brasil abriga oito espécies de tuco-tucos, sendo cinco no Rio Grande do Sul, duas no Mato Grosso e uma em Rondônia.
Esses animais são pouco conhecidos e algumas espécies estão ameaçadas devido à ação humana.
O Projeto Tuco-Tuco, realizado pelo Departamento de Genética da UFRGS há mais de 20 anos, se concentra na preservação dos ambientes dos tuco-tucos e na divulgação científica, ciência cidadã e educação ambiental.
“A gente começou a pensar em ações para divulgar esses animais que são tão pouco conhecidos, e de que as pessoas que moram na praia há anos nunca ouviram falar”, conta Thamara de Almeida, mestre em Biologia Animal pela UFRGS.
Eles utilizam as redes sociais para conscientizar e envolver o público, além de colocar placas informativas nas áreas costeiras para proteger esses animais frágeis.
A ação inclui esforços para desmistificar a ideia de que os tuco-tucos sejam pragas ou transmissores de doenças.
A perda de habitat é a principal ameaça à sua sobrevivência, sendo importante que as pessoas aprendam a conviver com eles e a respeitar seu papel ecológico.
Siga o Projeto Tuco-tuco (UFRGS), clicando aqui.
Veja também este vídeo:
Cachorros flagrados por câmeras fazendo coisas muito erradas
