A rede de lojas Magazine Luiza, da empresária Luiza Trajano, terá um aumento de capital de até R$ 1,25 bilhão. O anúncio foi feito na noite do domingo 28. A operação envolve a família controladora da varejista, que entrará com R$ 1 bilhão, e o BTG Pactual, de André Esteves, que se comprometeu a subscrever até R$ 250 milhões.
O mercado abriu nesta segunda-feira, 29, sob o impacto do anúncio no aumento de capital privado da empresa, com isso os ativos do Magazine Luiza (MGLU3) chegaram a saltar até 9,62%, R$ 2,28. Mas, com o movimento do mercado ao longo do dia, fecharam em queda de 0,48%, a R$ 2,07.
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A empresa afirma que o aumento de capital é um sinal de confiança na organização e de convicção de que o preço atual das ações não reflete adequadamente o valor real do Magalu.
Entenda a negociação entre o BTG e o Magazine Luiza
Na prática, o banco BTG estará apoiando financeiramente a participação dos Trajanos. O BTG vai subscrever uma parcela de R$ 1 bilhão, utilizando o direito de preferência dos controladores.
Em uma operação conhecida no mercado como total swap return, o banco transferirá para eles os benefícios financeiros futuros provenientes das ações, por meio de uma troca de resultados de fluxos futuros.
Empresa quase foi à falência nos últimos anos
A crise financeira da empresa Magazine Luiza viralizou em 2022, quando Luiza Trajano, presidente do conselho da empresa, fez um vídeo em que pede a ajuda dos consumidores para manter as portas abertas. “Vá o mais rápido possível a nossas lojas, por favor”, apelou.
No terceiro trimestre de 2023, a empresa encerrou o período com uma dívida bruta de R$ 7,4 bilhões, dos quais R$ 2,8 bilhões vencem em 2024. Desse montante, aproximadamente R$ 1 bilhão foram quitados em janeiro.
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Luiza Trajano e o governo Lula
Em março de 2023, foi anunciado que a empresária Luiza Trajano faria parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do governo petista de Lula Inácio Lula da Silva. O grupo é conhecido como “Conselhão”.
O Conselhão já existia nos primeiros mandatos de Lula e, tradicionalmente, conta com a participação de empresários e sindicalistas de diferentes setores.
Trajano tem histórico de apoio a candidatos socialistas.
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