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segunda-feira, novembro 25, 2024

Lula diz estar feliz com data para eleição na Venezuela – Notícias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (6) que ficou “feliz” com a marcação da data das eleições presidenciais da Venezuela, que serão realizadas em 28 de julho, data de nascimento do ex-presidente de Hugo Chávez. Por outro lado, ele pôs em dúvida o comportamento dos candidatos de oposição ao atual presidente Nicolás Maduro e disse que o pleito pode ficar comprometido caso eles tenham uma postura semelhante à do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

“Sabe que eu fiquei feliz que foi marcada a eleição da Venezuela? O que disseram na reunião que tive na Guiana, na Celac, é que vão convidar olheiros do mundo inteiro. Se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento do nosso aqui [Bolsonaro], nada vale”, disse Lula ao ser questionado se acha que o pleito na Venezuela vai ser justo.

A declaração foi dada pelo petista minutos antes de receber o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, em uma visita oficial no Palácio do Planalto, em Brasília. No encontro, vão tratar da relação bilateral, das guerras na Faixa de Gaza e na Ucrânia e da reforma da governança de instituições multilaterais, além do acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

A data da eleição é o aniversário do falecido presidente Hugo Chávez, que morreu em 2013 e foi mentor do ditador Nicolás Maduro, que vai tentar a reeleição. Há dúvidas sobre quem será o candidato da oposição, uma vez que a Suprema Corte manteve a decisão que impede María Corina Machado de disputar cargo público – ela tinha ganhado as primárias no ano passado.

Outros candidatos também foram impedidos. O ex-governador Henrique Capriles, que concorreu duas vezes contra o chavismo, está inabilitado desde 2017, assim como Freddy Superlano, do partido Vontade Popular. Os demais líderes opositores Juan Guaidó, Leopoldo López e Antonio Ledezma deixaram o país.

Os aliados de Maduro ridicularizaram e afastaram a possibilidade de primárias durante todo o ano. Ainda assim, tanto o governo quanto seus adversários usaram a disputa como moeda de troca para extrair concessões um do outro como parte de um processo de negociação para acabar com a crise.

Fonte: R7 – Brasília

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