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domingo, novembro 24, 2024

Litoral paulista testa barreira submersa, muro e vegetação para conter avanço do mar

As cidades do litoral de São Paulo testam estratégias para conter o avanço do mar sobre as faixas de areia e parte do território. Entre as obras, estão a criação de barreiras submersas e muros e a preservação da vegetação, como forma de diminuir os problemas causados pelo aumento do nível dos oceanos.

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Desde 1950, o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) realiza medições no litoral paulista e ao longo dos anos o mar já subiu 20 centímetros na região. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), Santos e outras cidades litorâneas do Brasil e do mundo podem perder mais de 5% do território até 2050 por causa do avanço dos oceanos.

Esses estudos têm incentivado as cidades a criarem um plano de ação para diminuir os efeitos nos municípios. Em Santos, a prefeitura criou o Plano Municipal de Mudanças Climáticas, em 2016.

Santos tem projeto-piloto contra avanço do mar

geobags
Prefeitura de Santos instala geobags em praia | Foto: Francisco Arrais/Prefeitura de Santos

Dois anos depois, em colaboração com a Unicamp, iniciou um projeto-piloto inovador na Ponta da Praia, instalando 49 geobags em formato de “L”, que cria uma barreira submersa com 275 metros de comprimento. O monitoramento revela um aumento significativo de 8,9 centímetros na altura da areia nessa área.

Ao Metrópoles, a administração do Guarujá relata o desenvolvimento do projeto “Areia Viva” ao longo de dois anos, baseando-se em estudos sobre a qualidade sanitária e a movimentação natural da areia em dez praias. Outros projetos, incluindo a preservação do jundu, vegetação típica das proximidades das praias, estão em andamento.

Leia também: “Estudo revela as praias urbanas mais sujas do Brasil”

A Prefeitura de Praia Grande destaca a vulnerabilidade do sul da orla, mas salienta que a geografia costeira da cidade contribui para evitar erosões significativas.

O governo de Caraguatatuba, por sua vez, informou que monitora a situação nas praias, ao ponderar os aspectos negativos do engordamento da faixa de areia.

São Vicente, depois de seis meses de estudos na Praia dos Milionários, está prestes a determinar estratégias com base nos resultados obtidos. Contudo, a construção de muros é vista com ressalvas, e soluções similares a Balneário Camboriú, onde a prefeitura aumentou a orla da praia, são tratadas com cautela pela administração municipal.

Muros como barreira de proteção

A construção de muros surge como uma estratégia adotada em Mongaguá, no litoral sul de São Paulo. A prefeitura destaca a implementação de muretas de contenção com fundações mais profundas e enrocamento, visando a fortalecer a resistência contra a erosão provocada pelas ondas.

Leia mais: “Quais são as praias próprias para banho no litoral de São Paulo; o destaque vai para Ilha Comprida”

Em Ubatuba, a prefeitura tem projetos para monitorar e conter a erosão costeira, não descartando a possibilidade de construção de muros como medida preventiva. A recuperação de um muro de arrimo na Praia do Itaguá, orçada em R$ 1,9 milhão, está em processo de adequações do projeto.

Projetos de alargamento em pausa

Projetos de alargamento da faixa de areia são mencionados em Ilhabela, datando do início do século, em 2001, como medida preventiva contra a erosão costeira, a inundação das ruas e para oferecer mais espaço aos turistas.

Contudo, a administração municipal informa que o projeto está suspenso por tempo indeterminado por causa da significativa queda de 50% na arrecadação com royalties do petróleo desde 2021, representando uma perda de mais de R$ 1 bilhão no orçamento do município.

Fonte: R7 – Brasil

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