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quinta-feira, dezembro 26, 2024

Kim Thayil, do Soundgarden, diz que o termo “Grunge” era puro marketing

Kim Thayil, guitarrista do Soundgarden
Foto de Kim Thayil via Shutterstock

Não há dúvidas de que a cena roqueira de Seattle que explodiu no mundo inteiro entre os Anos 80 e 90 ficou conhecida como “Grunge”.

A gíria norte-americana significa algo como “repugnante” e “sujo”, e acredita-se que a primeira vez que a palavra foi utilizada em relação às bandas de Seattle foi quando o cofundador da aclamada gravadora Sub Pop descreveu o EP Dry As A Bone (1987), do Green River, como um lançamento com “vocais enérgicos, amplificadores Marshall barulhentos e grunge ultra-solto que destruiu a moral de uma geração”.

De lá pra cá, muitos artistas que ficaram imensamente famosos na cena Grunge já rejeitaram o rótulo, como Dave Grohl, que chegou a dizer que esse termo não fazia sentido, e a sonoridade do que as bandas faziam à época era uma mistura de Punk, Heavy Metal e outras coisas.

Kim Thayil, do Soundgarden, diz que era “Marketing”

Quem se manifestou recentemente a respeito foi Kim Thayil, guitarrista e cofundador do icônico Soundgarden.

Durante entrevista para Pete Thorn (via Loudwire), ele falou a respeito da época em que a música do Noroeste norte-americano estava em ebulição:

Nós sabíamos que essa sonoridade era algo que não estava necessariamente rolando em outras cenas ou outras cidades. As pessoas estavam se relacionando bastante e sendo bastante puristas em relação aos aspectos do punk rock, e Seattle estava fazendo algo diferente. Todos nós estávamos bem conscientes disso.

Mas não achávamos que isso era grunge. Isso do grunge se tornou um lance de marketing mais tarde.

Continua após o vídeo

Inovação e nada de “Hair Metal”

Em outro momento, Kim Thayil falou sobre como as bandas locais e contemporâneas não estavam ligadas na cena de Los Angeles que produziu nomes populares do Hard Rock e do chamado “Hair Metal”, como Guns N’ Roses, Mötley Crüe e mais:

Nenhum de nós ouvíamos hair metal. E nem é porque a gente não gostava. É que eu não tinha MTV em casa. Eu acho que eu nem tinha um aparelho de televisão em casa. Chris [Cornell] e Hiro [Yamamoto, cofundador do Soundgarden] não tinham aparelhos de TV. E quando nós tivemos acesso a uma TV, era só TV aberta.

Sabe como eu consegui ver clipes do Soundgarden na TV? Saindo em turnê. Se estivéssemos com sorte, ficaríamos em um hotel com ESPN e MTV. Então a gente conseguia ficar sabendo dos resultados do [time de baseball] Seattle Mariners e, talvez, com muita sorte, assistir a clipes de nossos amigos.

Mas eu só fui ter uma TV em casa lá por 1995.

Apesar dessa reclusão toda, ele ainda disse que o Mötley Crüe “furou a bolha” e era uma banda que ele conhecia:

A gente os conhecia sim. O primeiro disco, ‘Too Fast For Love’, nós conhecíamos bem. É uma daquelas bandas que meio que se encaixavam no que era considerado Punk Rock.

Você pode assistir à entrevista logo abaixo.

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Fonte: R7 – Entretenimento

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