SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Atingida por um terremoto de magnitude 7,6 no Ano-Novo, a península de Noto, na região central do Japão, sofreu novos tremores nesta terça-feira (9).
O sismo, de magnitude 5,8 segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, não gerou novos alertas de tsunami, e não há relatos de mortos ou feridos. Mas preocupa o governo, que já lida com problemas no fornecimento de água, eletricidade e aquecimento para os milhares de japoneses afetados pelo desastre de 1º de janeiro.
Os 404 abrigos disponibilizados pelo governo após o desastre do Ano-Novo hoje abrigam cerca de 30 mil japoneses. Além disso, por volta de 60 mil casas na região continuam sem água, e 15,6 mil, sem luz.
Enquanto isso, o número de mortes provocadas pelo terremoto original subiu para 202, segundo novo balanço divulgado por autoridades da província de Ishikawa, uma das mais afetadas pelo sismo, também nesta terça.
Continuam desaparecidas na região mais de 102 pessoas.
A estimativa apresentada na véspera era de 168 mortes e 323 desaparecidos. Ao final do dia, a emissora japonesa NHK atualizou a cifra para 180 mortes e 120 desaparecimentos. Não há a confirmação, entretanto, se o aumento dos óbitos e a diminuição dos desaparecidos estão relacionados.
A imprecisão também recai sobre o número de sobreviventes. Após a atualização no banco de dados na segunda-feira (8), Hayato Yachi, funcionário público em Ishikawa, disse à agência de notícias AFP que órgãos oficiais foram notificados de que vários dos 323 indivíduos supostamente desaparecidos estavam na verdade em segurança.
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Os locais mais afetados pelo sismo, como a cidade de Wajima, que contabilizava o maior número de desaparecidos, seguem em certa medida isolados. Operações de resgate, que já enfrentavam dificuldades em razão de deslizamentos de terra e bloqueios de estrada, têm tido que lidar também com a neve.
Apesar das dificuldades, esforços não são poupados. Depois de ficar presa por cinco dias debaixo dos escombros na cidade de Suzu, uma mulher de 90 anos foi salva. Uma vez resgatada, ela foi levada ao hospital, onde respondeu com clareza às perguntas dos socorristas, conforme informou a NHK.