23.6 C
Distrito Federal
domingo, novembro 24, 2024

Hospital Regional de Santa Maria incentiva amamentação beira-leito

A pequena Helena pesava apenas 560 gramas quando nasceu, em 5 de outubro de 2023, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Prematura extrema (ela nasceu com 25 semanas de gestação), hoje a bebê já consegue mamar e está no processo de ganho de peso e retirada da sonda de alimentação para poder, enfim, receber alta e conhecer a casa dela.

Apesar de ter tido várias intercorrências, o leite materno da mãe de Helena, Fabíola dos Reis, foi crucial para o desenvolvimento da criança. Desde quando a garotinha estava na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), Fabíola fazia a ordenha na beira do leito.

“Nada substitui o nosso leite, porque ele tem tudo de que o bebê precisa. Há cerca de 15 dias ela começou a mamar diretamente no meu peito e não tem sensação melhor. Acredito que muito em breve ela não precisará mais da sonda e vamos receber alta médica”, afirma emocionada.

Mãe nutriz

A amamentação é extremamente importante para o desenvolvimento dos recém-nascidos, principalmente os prematuros. Prezando por um acolhimento respeitoso e humanizado, o HRSM tem duas enfermarias Mãe Nutriz, sendo uma na UTIN e outra na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN), com 10 leitos cada.

O local é destinado para que as mães dos bebês internados na UTIN e na UCIN fiquem em período integral e consigam descansar com mais privacidade e menos barulho como monitores e cuidados da assistência. Além disso, os pais têm livre acesso à unidade 24h e ambos podem fazer o contato pele a pele com o bebê pelo método Canguru.

Benefícios

A chefe da UCIN, Rosane Medeiros, destaca que a enfermaria Mãe Nutriz é essencial e contribui para que as mães façam a amamentação beira-leito, que é ordenhar o leite ao lado do filho e já entregar para a enfermeira colocar na sonda imediatamente, ainda quente.

“O ideal é que o bebê receba o leite da própria mãe, pois ele tem todos os anticorpos que ele precisa e previne infecções, continua totalmente puro quando tirado beira-leito. Por isso, incentivamos todas as mães a fazerem essa ordenha enquanto seu filho ainda não consegue mamar”, explica.


CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quando vão amamentar, as mães utilizam a poltrona beira-leito e ficam olhando para o bebê enquanto fazem a ordenha, o que ajuda a descida do leite com essa aproximação. “Dessa forma há menos risco de contaminação do leite e sem necessidade de pasteurização no banco de leite humano”, completa.

Quem defende a amamentação beira-leito é Érica Ribeiro, 24 anos. Ela sempre ordenhou o leite ao lado da filha, a pequena Maria Grasielly, que nasceu em 9 de setembro, com apenas 875 gramas. Ao longo dos quatro meses internada acompanhando o desenvolvimento dela, Érica conta que sabe que isso faz a diferença no crescimento e progresso da filha.

“Passei muito tempo tendo que ordenhar o leite pra ela. Apesar de cansativo, vale muito a pena, porque sei que no meu leite estão todas as vitaminas de que ela precisa. Sei que ela se desenvolve melhor e também aumenta a minha produção. Além disso, a minha presença sempre perto também faz bem”, relata.

Hoje, a prematura extrema, que chegou a ter uma parada cardiorrespiratória e várias intercorrências, está saudável, pesando 2,615 kg e está em observação da função pulmonar para receber alta e enfim, ir para casa. Depois de tanto tempo internada, esse é o maior desejo de Érica.


CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sobre o atendimento, ela só faz elogios ao atendimento humanizado recebido. “Fui muito bem-tratada aqui dentro, bem-acolhida por todo mundo. A equipe é excelente, sempre me deram apoio em tudo, recebi apoio psicológico. Vejo que sempre cuidaram da minha filha com muito cuidado e carinho e fico feliz por isso”, avalia.

Equipe multidisciplinar

Prestar assistência às mães durante a amamentação é de fundamental importância. Sabendo disso, o HRSM investe em atenção especializada, dispondo de uma equipe multiprofissional composta por pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros e técnicos capacitados para assistir mães e bebês.

Marcília Silva, 31 anos, é mãe do Eduardo, nascido em 16 de dezembro. O garotinho nasceu com mais de 4kg e bem, porém precisou ficar na UCIN porque tem um problema na língua e precisa de avaliação de pediatra, fonoaudiólogo e dentista. Por conta disso, o bebê usa sonda para se alimentar.

“Tenho pouco leite, mas faço a ordenha beira-leito e as enfermeiras dão o leite logo em seguida para ele. Estou aguardando avaliação para ver se ele vai conseguir mamar ou não no peito para depois irmos para casa”, relata.


CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Especialistas defendem o que o aleitamento beira-leito pode melhorar muito a relação entre a mãe e o recém-nascido e aumentar a produção de leite, pois quando a mãe está ao lado vendo seu bebê bem, isso faz com que ela libere ocitocina, o que facilita a saída do leite.

As informações são da Agência Brasília


CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fonte: Jornal de Brasília – Brasília

Artigos Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Pesquisar

Últimas Notícias

Categorias