Várias personalidades respeitadas da Fórmula 1 estão discutindo quem levará a melhor na bombástica dupla de pilotos da Ferrari de 2025.
O Corriere dello Sport relatou esta semana que Charles Leclerc na realidade está chateado porque a Ferrari decidiu trocar Carlos Sainz pelo heptacampeão mundial Lewis Hamilton.
Entretanto, Felipe Massa, ex-piloto da Ferrari, diz que Leclerc “não tem ninguém a temer”.
“Ele só precisa se concentrar em seu trabalho”, disse o brasileiro ao Gazzetta dello Sport. “A determinação e a ética de trabalho de Hamilton são um fator importante que influenciará o ambiente da equipe”.
“Mas isso também dará motivação adicional a Charles, porque vencer Lewis pilotando exatamente o mesmo carro é um desafio muito interessante”.
Entre Hamilton – que terá 40 anos quando vestir o macacão vermelho – e Leclerc, de 26 anos, não está claro quem será considerado o primeiro piloto da Ferrari.
Ralf Schumacher não tem dúvidas: “Hamilton tentará ser o número 1, mas acho que ele terá de lutar por isso porque Leclerc está lá há muito tempo”, declarou ele à Sky Deutschland.
“O mais importante será o que os pilotos querem. Lewis precisa de um carro estável, enquanto Charles consegue guiar um carro instável. Resta saber quem vai prevalecer”.
Jacques Villeneuve, cujo pai Gilles foi um famoso piloto da Ferrari, acha que correr ao lado de Leclerc aos 40 anos na verdade é uma mudança de baixo risco para Hamilton.
“É um momento da história onde a equipe não vence há muito tempo”, comentou ele. “Teria sido diferente, por exemplo, chegar logo depois de Schumacher. E se ele não vencer, é melhor não vencer com a Ferrari do que com a Mercedes”.
Porém, o canadense se pergunta se Hamilton está pronto para a enorme pressão de Maranello.
“A Ferrari é outro mundo no qual não é fácil sobreviver. Agora veremos o quão forte ele é, inclusive psicologicamente. A Ferrari desgasta seus pilotos. Até alguém como Alonso se esgotou. O único que não sofreu isso foi Schumacher”.
Por outro lado, Hans-Joachim Stuck, lenda do automobilismo alemão, acha que Hamilton na verdade “tem muito a perder”.
“Se Leclerc vencer Hamilton, seria um final de carreira ruim (para Hamilton)”, disse ele à Eurosport Deutschland.
“Estou curioso para ver se ele consegue lidar com o sistema Ferrari, onde tudo funciona de maneira um pouco diferente. Ele não será a grande personalidade que você pode ter em outras equipes. Hamilton tem de obedecer”.
“A Ferrari é a Itália. A imprensa é completamente diferente – eles analisam cada pequena coisa, não há segredos. Essa será uma experiência completamente nova para Hamilton”.
“Ele também terá um companheiro de equipe muito forte, Leclerc. Ele está no sistema Ferrari há anos e sabe como as coisas funcionam. Já vimos isso muitas vezes – um piloto muda de equipe e é destruído por um mais jovem”.