Gretchen, aos 64 anos, enfrentou uma cirurgia na última terça-feira (20/02) para a retirada de seu útero após ser diagnosticada com adenomiose, uma condição caracterizada pelo crescimento anormal do útero. A cantora optou por realizar o procedimento após o período de Carnaval, em um hospital de São Paulo.
Antes da cirurgia, Gretchen atualizou seus seguidores nas redes sociais, compartilhando detalhes sobre o procedimento e tranquilizando-os quanto à sua condição de saúde. “Estou bem, estou confiante e incentivando sempre as mulheres a se cuidarem. Estou indo fazer essa cirurgia de adenomiose, exatamente porque me cuidei e fiz todos os acompanhamentos. É benigno“, afirmou em seu Instagram. Seu marido, Esdras de Souza, também informou sobre o sucesso da cirurgia, destacando que a cantora estava em observação pós-operatória.
Segundo o médico ginecologista André Vinícius, especialista em saúde da mulher, a adenomiose é uma condição benigna na qual o tecido endometrial se instala na musculatura do útero. Esta condição pode ser sintomática ou assintomática, apresentando sintomas como infertilidade, cólicas menstruais intensas e aumento do fluxo menstrual. No caso de Gretchen, o útero estava aumentado para 850 centímetros, equivalente a uma gestação de 20 semanas.
Especialista comenta sobre caso de Gretchen
O diagnóstico da adenomiose pode ser feito por ultrassonografia, revelando um útero irregular ou aumentado, enquanto a ressonância nuclear magnética é considerada o exame padrão ouro para identificação da doença. O tratamento para pacientes sintomáticas visa controlar os sintomas, podendo incluir medicamentos para cólicas intensas, bloqueio hormonal ou o uso de DIU medicado. Além disso, um estilo de vida saudável com atividade física regular, alimentação balanceada e controle do estresse são recomendados.
Em casos mais graves ou focalizados, a cirurgia para a retirada dos pontos afetados pode ser realizada. Já a histerectomia, como a realizada pela famosa artista, é indicada para mulheres que não desejam mais engravidar e não conseguiram controlar a doença com tratamentos convencionais. Essa intervenção consiste na remoção completa do útero, eliminando o local para o tecido endometrial se instalar e proporcionando um tratamento definitivo.