O governo do Distrito Federal decretou situação de emergência por causa da dengue nesta quinta-feira (25). A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial do DF (DODF) dois dias depois de a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, afirmar que não vê a situação da doença como “fora de controle”. O DF registrou 16.628 casos prováveis da doença entre os dias 1º e 20 de janeiro, o que equivale a uma média de 34 registros por hora – um aumento de 646,5% no número de ocorrências em comparação ao mesmo período de 2023.
Com o decreto, o DF está autorizado a adotar “todas as medidas administrativas necessárias” para a contenção da doença, principalmente sobre compra de insumos, materiais e contratação de serviços que sejam “estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial”.
A medida vai valer enquanto a situação da doença não for estabilizada.
Na terça-feira (23), a secretária disse que a alta de casos está relacionada ao aumento de notificações e ampliação do acesso da população. “O aumento do número de casos reflete o aumento de vigilância epidemiológica”, afirma.
“Não vejo como uma situação fora de controle, não. Muito pelo contrário. Nós aumentamos a notificação, mas também aumentamos as portas e o acesso e estamos com abastecimento, tanto do ponto de vista de materiais e médicos hospitalares como em diagnóstico”, conclui a secretária.
A faixa etária com maior incidência de casos é de jovens de 20 a 29 anos, com 19% dos casos. A região administrativa com mais casos é Ceilândia, com 3.963.
Em 2023, foram registrados 40.934 casos prováveis de dengue no DF, uma redução de 45,4% em relação ao ano anterior, quando 70.573 casos prováveis foram notificados. Até o dia 22, o DF registrou 18 mortes suspeitas de dengue, sendo que três foram confirmadas e 15 seguem em investigação. As três pessoas que morreram eram homens com comorbidade.