Secretária de Saúde destacou a instalação das tendas de acolhimento para pacientes com sintomas da doença, além da contratação de novos profissionais, campanhas de conscientização e a imunização de crianças e adolescentes
Governo do Distrito Federal (GDF) promoveu uma reunião na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em Brasília, onde especialistas de saúde foram atualizados sobre as medidas em vigor para combater a dengue. A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, liderou a apresentação dos dados alarmantes: o Distrito Federal registrou aproximadamente 234 mil casos de dengue, com outros 220 mil casos sob investigação, além de 270 óbitos confirmados e 48 ainda em análise.
Lucilene ressaltou uma tendência preocupante: a presença do sorotipo 2 do vírus, ausente na região por uma década. Essa ressurgência foi atribuída à suscetibilidade da população, bem como ao descarte inadequado de resíduos sólidos, condições climáticas favoráveis e outros fatores ambientais.
Diante desse cenário desafiador, o GDF adotou uma série de medidas enérgicas para conter a propagação do vírus. Isso incluiu a contratação de 150 agentes de vigilância ambiental (AVAs) para intensificar as atividades de controle de vetores, além de campanhas de conscientização da população sobre métodos de prevenção e tratamento da doença.
Uma das iniciativas mais marcantes foi a instalação de tendas de atendimento dedicadas exclusivamente a pacientes com suspeita de dengue. Essas tendas, operando em horários estendidos, foram estrategicamente distribuídas em várias regiões administrativas para facilitar o acesso dos cidadãos aos cuidados médicos necessários.
Além disso, o GDF converteu o Hospital Cidade do Sol em Ceilândia para atender exclusivamente pacientes com dengue, em uma tentativa de aliviar a pressão sobre outras unidades de saúde da região. Em colaboração com a Força Aérea Brasileira, foi montado um Hospital de Campanha no estacionamento do hospital, com capacidade para atender um grande número de pacientes diariamente.
Outra frente de combate foi a vacinação. O Distrito Federal foi uma das primeiras regiões a receber doses da vacina contra a dengue do Ministério da Saúde. Essas vacinas foram administradas em uma faixa etária específica, como parte de uma campanha coordenada pela Secretaria de Saúde.
A OPAS destacou a importância da pesquisa contínua para avançar no tratamento e na prevenção da dengue. Investimentos nessa área são cruciais para proteger a população e desenvolver estratégias mais eficazes de controle da doença.
Além das ações práticas, o GDF lançou iniciativas de conscientização, como o Dia D contra a dengue e campanhas online, para educar a população sobre medidas preventivas simples, como eliminar criadouros de mosquitos em casa e evitar o acúmulo de água parada.
Em resumo, o GDF está empenhado em combater a dengue de maneira abrangente, abordando não apenas a assistência médica, mas também a conscientização pública e o investimento em pesquisa para garantir a saúde e o bem-estar da população do Distrito Federal.