Não será por falta de opções que o ser humano desaparecerá do planeta Terra. O cardápio nunca esteve tão disponível e variado. Podemos escolher voltar ao pó literalmente, com uma guerra atômica fulminante, ou aos poucos, apertando o gatilho do ponto sem retorno do armagedon do meio ambiente. Fritas acompanham.
O cataclismo ambiental vem sendo anunciado por ativistas desde a década de 70, tendo o petróleo e alta emissão de gases poluentes como protagonistas de um enredo iniciado com a queima de carvão na Revolução Industrial do século 19. Não por caso, o efeito estufa foi descoberto há 150 anos. Não foi por falta de aviso.
Como essa consciência e militância ambiental deu-se no auge da Guerra Fria, a ameaça de apocalipse anterior, uma guerra nuclear de escala global, parecia estar neutralizada pela diplomacia — e por diversas guerras regionais que mantinham ocupados imperialistas, comunistas, fascistas e milhões de seres humanos inocentes.
Mas nada é para sempre. Chegamos à tempestade perfeita. A escalada armamentista mundial explodiu nos últimos cinco anos. EUA, Rússia, China, França, Grã-Bretanha Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte são os países que possuem arsenal atômico. Qualquer um deles, sozinho, é capaz de dar início ou levar a cabo o fim do mundo. Basta um erro de cálculo, uma decisão precipitada ou um piti do Kim Jong-un. Pronto, acabou.
Não bastasse, acordamos com a notícia de que a “Geleira do Juízo Final” está derretendo, e nenhum chefe de Estado nem o G7 parece realmente preocupado. Segundo a Nasa, isso significa que o iceberg, do tamanho do Reino Unido, está caminhando para uma “instabilidade apocalíptica” que, uma vez ultrapassada, pode fazer com que tudo flutue no mar e derreta em 150 anos. “Nem estarei mais aqui”, deve pensar e dar de ombros algum negacionista.
Dar conta desses dois problemas ao mesmo tempo não parece algo à altura da inteligência dos senhores que nos governam. Por azar, ainda estamos sob o domínio da mais incompetente geração de estadistas da história moderna. Exagero? Se alguém não estiver em pânico é porque está mal informado.