A Fórmula 1 está tomando atitudes para fechar brechas nas regras do teto orçamentário – mas apenas para 2026.
Esperava-se que, limitando os gastos, as equipes se tornassem menores. Mas aconteceu o oposto, com a quantidade de funcionários das equipes de ponta aumentando em relação ao que já era um número alarmante de até 1.000 pessoas.
“As equipes de ponta empregam agora 1.500 pessoas sem o departamento de motores”, disse um chefe de equipe à Auto Motor und Sport da Alemanha.
Os números crescentes se devem a uma brecha na qual alguns funcionários de tempo integral agora estão sendo transferidos para tempo parcial porque apenas uma parte de seus salários precisa ser contabilizada.
Quanto a outra brecha, a revista notou: “De repente, as equipes de F1 estão construindo motos e barcos”.
Uma regra sólida será adicionada ao regulamento de 2026, exigindo que 100% do salário de cada funcionário conte para o limite.
“Esse é um verdadeiro passo em direção a mais justiça”, disse James Vowles, chefe da Williams.
Mas também existem outras brechas – como a transferência de funcionários entre duas equipes parceiras, mais notavelmente a Red Bull e a recém-renomeada RB.
Laurent Mekies, chefe da RB, nega qualquer irregularidade. “Nós concordamos com proibições de trabalho individual em consulta com a FIA”, insistiu ele.
Nikolas Tombazis, diretor esportivo da FIA, confirma: “Passar de uma equipe grande para uma pequena leva três meses, e o contrário leva seis meses”.
Contudo, esses arranjos entre “equipes amigas” como Red Bull e RB envolvem acordos voluntários. Tombazis respondeu: “Se tal movimento ocorrer entre duas equipes amigas, nós vamos analisá-lo com atenção especial”.
“De qualquer maneira, é proibido se alternar rapidamente entre duas equipes de corrida”.