Pacientes que fizeram transplante de córnea nº 1000 e transplante renal nº 500 estarão presentes
O Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), gerenciado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), alcançou, em maio deste ano, a marca de 500 transplantes renais e de 1.000 transplantes de córnea realizados pela Unidade de Transplantes. Para celebrar, será realizada uma ação amanhã, quarta-feira (18), das 8h30 às 10h, na Praça Somos Todos HUB. A programação inclui apresentação, entrega de certificados para as pacientes que fizeram os respectivos transplantes e descerramento de placas comemorativas.
Gustavo Amaritea, chefe da Unidade de Transplantes do HUB-UnB/Ebserh, acredita que o evento é uma forma de honrar as vidas das pacientes transplantadas, bem como de prestigiar o Sistema Único de Saúde (SUS).
“Para muitos pacientes com disfunções graves de órgãos, o transplante é a forma de tratamento e garante os melhores resultados”, destaca o médico. “Podemos dizer que realizar um transplante significa ganhar anos a mais de vida, é uma terapia transformadora para essas pessoas. Acho que celebrar esses marcos históricos para o hospital é reforçar a importância do ato de doar, que é movido por empatia e solidariedade, e dividir as conquistas alcançadas com todos os profissionais que se dedicam ao fortalecimento da saúde pública”.
Pacientes transplantadas
Maria Cleide Portela, 65 anos, é moradora da Cidade Estrutural e paciente do HUB-UnB/Ebserh desde 2020, quando iniciou tratamento de hemodiálise. Dona de casa, mãe de cinco filhos e avó de nove netos, ela estava na fila para transplante renal desde 2022.
No dia 15 de maio, quinta-feira, recebeu a tão aguardada ligação, informando a chegada de um rim compatível. O órgão veio de um doador falecido de outro estado, após o gesto solidário de uma família que autorizou a retirada para salvar vidas.
“Foi um médico do HUB que entrou em contato comigo e, assim que eu ouvi que era do hospital, já fiquei cheia de expectativa”, conta Maria.
Logo na manhã seguinte, ela já estava na unidade para uma sessão de hemodiálise antes de realizar o transplante: “Ainda estou processando como vai ser não depender mais da máquina de hemodiálise, furando o braço três vezes na semana. Me sinto abençoada por ser a número 500. Na sala de hemodiálise, médicos, enfermeiros e técnicos, todos vibraram com a notícia, me apoiando. Falaram que não posso deixar de vir ao hospital depois do transplante. Gostam muito de mim. Meus colegas de sala também estavam felizes e torcendo. Eu comemorei muito a notícia”.
A aspirante a confeiteira, Gisella Pereira, 52 anos, foi diagnosticada com distrofia granular aos 17 anos – uma doença hereditária que prejudica a transparência e função da córnea. Fez o primeiro transplante do olho esquerdo em 2019, no Hospital das Forças Armadas (HFA). Por dois anos, enxergou muito bem, mas a doença ressurgiu com mais gravidade, ocasionando perda de visão do mesmo olho.
No dia 7 de maio, quarta-feira, ela passou por um transplante de córnea no HUB, tornando-se a milésima paciente a fazer o procedimento.
“Para mim, é histórico ser a número mil e ter recebido um atendimento como o que tive aqui no HUB, de excelência. A minha vontade é que todas as pessoas tivessem acesso a esse tipo de cuidado”, aponta Gisella, com esperança de retomar sua vida normalmente e dar sequência aos seus projetos, como a profissão de confeiteira.
Rede Ebserh
O HUB-UnB faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
