Charles Leclerc tem muitas razões para se preocupar com a chegada iminente de Lewis Hamilton à Ferrari na temporada 2025.
Essa é a opinião não só do principal consultor da Red Bull, Helmut Marko, mas também de Gerhard Berger, ex-piloto de Fórmula 1.
Deixando de lado a óbvia velocidade do heptacampeão mundial, eles acham que Hamilton também é tão experiente, astuto e influente que terá vantagem política na Ferrari.
“Essa é a melhor coisa que poderia ter acontecido na F1 neste momento”, disse Marko ao diário esportivo espanhol Marca.
“Há duas razões para isso: o fascínio que Lewis sente pela Ferrari e o fato de Hamilton não confiar mais na Mercedes”.
“E há duas coisas que Hamilton não pode aceitar. A primeira é não ser mais ele quem vence campeonatos mundiais e também que não será fácil para ele ser campeão novamente”.
“Mas deixando de lado o aspecto esportivo, Hamilton não está nada feliz por ter deixado de ser o piloto com o melhor salário do grid. Esse fato pode mudar com a ajuda da Ferrari”.
Com esse novo poder na Ferrari, Marko acredita que Leclerc enfrentará tempos difíceis. “Lewis vai se impor politicamente sobre Charles como a estrela global da Ferrari”, prevê ele.
Berger concorda que a Ferrari, liderada por Frederic Vasseur, amigo de longa data de Hamilton, reconheceu que precisa de uma figura como o britânico para “iniciar uma nova fase”.
“Lewis não é apenas um dos melhores pilotos da história da F1, ele também é extremamente eficaz em termos de marketing”, declarou Berger ao Gazzetta dello Sport.
“Juntando forças, as marcas Ferrari e Hamilton formarão uma combinação bastante atrativa para os fãs. Ele ganhará muito dinheiro e será verdadeiramente amado”.
“Em primeiro lugar, a Ferrari precisa de sua experiência. Ele venceu mais de 100 GPs. As vitórias são uma coisa comum para ele. Lewis também sabe como motivar uma equipe e lidar com situações politicamente complexas”.
“Além disso, alguns especialistas técnicos de outras equipes podem ir junto com Lewis para Maranello a fim de que um novo ciclo de sucesso possa começar na história da Ferrari, como já foi o caso com Michael Schumacher”.